Crescendo na graça e no conhecimento

7 de janeiro de 2010

O Espírito Santo Consolador

Vivemos o período chamado de Dispensação da Graça, o ano aceitável do Senhor quando nota-se atuação do Espírito Consolador, na também chamada Dispensação do Espírito Santo.

O propósito do Espírito Santo é glorificar a Cristo e sua função é atuar junto aos homens como o Consolador enviado da parte de Deus para nosso consolo (por favor leia João capítulos 14 a 17).

O termo Consolador (paracletos, no grego), significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais e criminais, quando um ou mais amigos eram convidados ou se ofereciam para defender, sem quaisquer interesses, a causa de uma pessoa, a fim de ajudá-la.

Jesus avisou aos discípulos que estava de partida mas prometeu que iria preparar moradas para os seus e, neste ínterim, não os deixaria órfãos mas enviaria outro Consolador.
Este termo outro significa um ser distinto mas de mesmo nível. (João 14 a 17)

O Espírito Santo consolador atua diretamente na conversão do homem convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo. João 16.8;

O Espírito Santo consolador também intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8.26 e 27;

O Espírito Santo consolador nos faz lembrar os ensinos do Mestre Jesus e nos orienta naquilo que havemos de falar, mesmo que em nós não haja palavras. João 14.26;

O Espírito Santo atua no meio da Igreja pela manifestação dons que reparte a cada um como quer visando a edificação e crescimento dos cristãos no corpo de Cristo. I Cor. Cap. 12

O choro e o consolo de Deus

Nada mais humano do que o ato do choro. Nascemos, a maioria de nós, chorando. Não precisamos sequer daquelas míticas tapinhas. Nascemos chorando. Nossos pais choram de alegria. Desde quando tomam conhecimento da concepção. Exceto para aqueles que têm a gravidez como incômodo, alegram-se a vovó, vovô, tios e tias, podendo esta alegria ser expressa por lágrimas.

E nos despedimos chorando. A ponto de nas cerimônias fúnebres de antigamente serem contratadas as carpideiras, pessoas que eram pagas para chorar nos velórios. Sem falar nos familiares e amigos.
Entre o alvorecer da aurora da vida e o crepúsculo da morte temos uma existência cheias de altos e baixos, lutas, alegrias, tristezas, vitórias, e muitas oportunidades para chorar. Homem não chora, quanta tolice e preconceito.
Deus que conhece e sonda os nossos corações, também conhece os motivos de nossas lágrimas. Podemos chorar por motivos tolos como a perda de um objeto ou a impossibilidade de chegar a um lugar pretendido. Mas existem melhores motivos para se chorar.

Jesus no sermão do Monte, proclamou: Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem entendido com o motivo coerente para tal choro. Jesus chorou quando da morte de Lázaro. Jesus chorou pela dureza dos judeus que gostaria de acolhê-los como a galinha abriga debaixo das asas os seus pintinhos.

Vale a pena chorar tendo motivos para chorar. Chorar pelos perdidos da sociedade moderna tragados pelos vícios da alegria passageira e ilusória do consumo de drogas; choro pelas portas fechadas dos corações; choro pela falta de obreiros para a grande seara que está pronta para a ceifa; choro pelos abortos clandestinos ou declarados; choro pelas crianças desamparadas; choro pelos enclausurados nas fábricas de marginais, que tem a matriz nas ruas e os presídios como sucursais.

E por um motivo maior: Senti as vossas misérias, lamentai e chorai; torne-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Tiago 4.9. Chorar por nossas contradições enquanto falamos muito e praticamos pouco; quando ouvimos muito e damos poucos ouvidos a muito do que nos é ministrado. Ou apenas quando nos interessa.

O choro pode nos leva a expressar a Deus nosso desejo de mudanças. Mudanças interiores. Necessidade de mudanças que foram pregadas pelo profeta Jeremias, o profeta chorão. Chorava pela incontinência do seu povo, pela religião praticada de maneira formal, distante de Deus, desprovida de obediência, e que levava o povo ao cativeiro e angústia. Jeremias chora antes do exílio e depois do exílio (Jeremias 13.16 e 17):

Dai glória ao Senhor vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em densas trevas, e a reduza a profunda escuridão
Mas, se não ouvirdes, a minha alma chorará em oculto, por causa da vossa soberba; e amargamente chorarão os meus olhos, e se desfarão em lágrimas, porque o rebanho do Senhor se vai levado cativo.

Jeremias defendia a urgência das reformas e sentia a sua ausência e confirmava suas palavras através do choro. “Quisera que a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos numa fonte de lágrimas, para que eu chorasse de dia e de noite os mortos da filha do meu povo!” Jeremias 1.9;

Mesmo em meio às crises, erros e perdas, o Senhor promete e traz o Seu consolo. Jeremias profetiza a volta da alegria ao povo após as lágrimas:

Assim diz o Senhor: Ouviu-se um clamor em Ramá, lamentação e choro amargo. Raquel chora a seus filhos, e não se deixa consolar a respeito deles, porque já não existem.
Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz do choro, e das lágrimas os teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo.
E há esperança para o teu futuro, diz o Senhor; pois teus filhos voltarão para os seus termos. Jer. 15-17

O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Salmo 30.5
Uma noite pode durar uma noite, um uma semana, ou dias, ou meses ou até mesmo anos, porém a alegria vem ao raiar do sol da justiça, quando chega a nosso viver o agir do Deus vivo que trabalha em favor daqueles que hão de herdar a salvação. Aleluia !

E também naquele dia em que o Senhor enxugará de nosso olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. Apocalipse 21.4; 7.17

Assim, bem aventurados, felizes, em marcha aqueles que choram porque serão consolados.

Enquanto não chega aquele Grande Dia, o Senhor, o Deus de toda a consolação, consola-nos através do Seu Espírito Consolador (João 14.16-26), e nos faz agente de consolação para com os demais, usando da mesma consolação que somos consolados de Deus. II Cor 1.3-6

Lições 4.o Trimestre 2013

Lições 4.o Trimestre 2013
Conselhos para a vida

Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo

Comentarista:

José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Entre em contato conosco


Se copiar algum texto, favor citar a fonte com o nome do autor e o link deste blog.