INTRODUÇÃO
“Por que estás abatida, ó minha
alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela
salvação da sua face.” Salmos 42:5
Tendo como base o
exemplo do profeta Elias, o tema do estudo bíblico da EBD desta semana, - Um
Homem de Deus em Depressão -, vem em muito boa hora.
Mesmo com todo o valor
de qualquer atividade profissional, considero o ofício ministerial de servir à
Igreja do Senhor a mais nobre e honrosa de todas as atividades que um ser
humano pode exercer, particularmente apascentar as ovelhas da Casa do Senhor,
que foram resgatadas com o Seu próprio sangue.
Neste contexto podemos
destacar os pastores e suas esposas, mas também podemos abranger neste ofício
os lideres de grupos ou departamentos da Igreja, professores da EBD,
conselheiros, e todos quantos dividem com os pastores a nobre tarefa de cuidar
das vidas, dos irmãos em Cristo.
Junto às alegrias
decorrentes de ter as pessoas edificadas e firmes na fé, o sacerdócio traz
consigo as consequências do peso deste embate em favor dos santos. O exercício
do ministério traz consigo alegrias, mas também produz dores, conforme
experimentou o apóstolo Paulo:
“Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos" (2 Co 4.8,9).
No embate em defesa da
honra do nome de Deus para o benefício da fé do povo israelita, Elias
confrontou 450 profetas de baal e 400 profetas de Aserá, a ponto de levá-los à
morte. Esta experiência acumulada à perseguição que sofreu do rei Acabe e
Jezabel, culminaram em um estado de esgotamento espiritual, psíquico, emocional
e físico que os estudiosos identificam como um quadro de depressão. Elias, um
homem de Deus sujeito às mesmas paixões que nós e às mesmas dores que nós).
Daí a importância deste
estudo e sua aplicação nas nossas vidas que, de alguma forma, serve de
admoestação aos que exercem a liderança na Casa do Senhor, e para melhor
compreensão dos membros quanto à extensão, significado e peso do ofício
pastoral.
ELIAS, UM HOMEM COMO OS OUTROS
É importante neste estudo
ressaltar a condição de Elias como um ser humano igual aos demais. Um homem
sujeito às mesmas paixões que nós (Tiago 5.17). Talvez a falta de entendimento da
condição de simples ser humano de um pastor ou líder, seja o ponto inicial de
um conflito interior que se não for bem compreendido gere um estresse
descomunal, a ponto de levar alguém ao esgotamento nervoso ou mesmo à
depressão. O nível de cobrança no exercício do ministério chega a ser quase
insuportável. A situação se agrava quando o nível de cobrança interior se
assemelha a cobrança externa. Ai as coisas se complicam.
A verdade é que
precisarmos estar conscientes, líderes e liderados, de que não somos
super-homens dotados de superpoderes
espirituais, mas simples vasos que carregam em si o peso da glória de Deus.
Pela infinita misericórdia, graça e ação de Deus, os verdadeiros pastores são
dotados de dons espirituais e ministeriais que colaboram com o exercício do
sacerdócio, pois sem estes seria impossível apascentar o rebanho do Senhor.
(Leia Atos 19.11)
Vale lembrar que o vaso
é de barro, conforme alertou o apóstolo Paulo. (Leia 2 Co. 4.7) Desta forma,
faz-se necessário inicialmente conhecer as próprias limitações humanas e
reconhecermos que somos pó (leia Salmos 103.14). E portanto sujeitos ao
sofrimento e às aflições deste tempo presente (leia João 6.33; Rom. 8.18)
De acordo com o
pensamento do pastor Eugene Peterson,, “ somos tentados a nos escondermos atrás
de imagens brilhantes, na esperança de que, assim, os outros nos aprovem.
Preferimos não reconhecer os nossos seres quebrados, com problemas e falhas
secretas que achamos muito melhor que ninguém mais as conheça.” (Peterson,
2001, p. 22)
O ponto a ser observado
neste momento são justamente as consequencias e a reação humana diante de tais
aflições. No caso de Elias, a somatização das angústias sofridas decorrentes do
exercício do ministério desencadearam um estado que os estudiosos consideram como
um quadro de depressão.
O
QUE É DEPRESSÃO
De acordo com
estimativas da OMS, mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de
depressão. Segundo a OMS, a depressão é comum em todas as regiões do mundo. Um
estudo realizado com o apoio da OMS mostra que em torno de 5% de pessoas
sofreram com a depressão no último ano.
Mas o que é depressão e
como se pode diferenciá-la de uma tristeza comum?
Em artigo científico, a
professora doutora Maria da Penha de Lima Coutinho e outros, cita a definição
de V.A.A. Camon para depressão:
“A
depressão emerge como resultante de uma inibição global da pessoa que afeta a
função da mente, altera a maneira como a pessoa vê o mundo, sente a realidade,
entende as coisas e manifesta suas emoções. Desse modo, é considerada uma doença
do organismo como um todo, que compromete o ser humano na sua totalidade, sem
separação entre o psíquico, social e o físico. Ainda segundo o pensamento desse
autor, o desespero em relação à vida, a angústia, o desejo de um fim, a morte
como presença, o medo como aliado da
existência, o abandono da autoestima, o suicídio como proposta, expressam entre
outros sinais a dor do deprimido.”
O doutor Pérsio Ribeiro
Gomes de Deus, médico psiquiatra e professor da Universidade Mackenzie, apresenta a seguinte definição para a
depressão:
A
depressão é compreendida atualmente pelas ciências médicas como uma desordem do
funcionamento cerebral que afeta e compromete o funcionamento normal do
organismo, com reflexos ou consequências na vida pessoal em seus aspectos emocionais
ou psicológicos, familiares e sociais. A doença depressiva deve, portanto, ser
examinada dos pontos de vista biológico, genético, cognitivo, social,
considerando ainda as histórias pessoal, econômica e espiritual do indivíduo. A
depressão pode ser percebida como sintoma, manifestando- se nos mais diversos
quadros clínicos, como na demência, no alcoolismo, no estresse, e pode ser
secundária a outras doenças clínicas, como observado na hipertensão, no
hipotireoidismo, no diabetes, no reumatismo, no câncer, nos quadros dolorosos
crônicos e em várias outras doenças. Pode ainda ser compreendida como síndrome,
incluindo as alterações de humor (tristeza, irritabilidade, falta de capacidade
em sentir prazer, apatia) e alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas,
como as alterações de sono e apetite; por fim, compreendida como doença. As
síndromes depressivas são doenças multicausais, portanto, com a interferência
de diversos fatores causais.
Este quadro clínico é
semelhante ao desenvolvido na vida de Elias. O agravante é que Elias estava
combatendo no mundo espiritual contra as hostes espirituais da maldade (Efésios
6.12). Mas o profeta tinha por sua vez a ajuda do Espírito de Deus como seu
médico por excelência, aquele que o criou, o designou para a tarefa e que lhe
proveu livramento das aflições do momento, renovando-lhe as forças. Aleluias!
CAUSAS
DOS CONFLITOS DE ELIAS
São inúmeros os fatores
que podem acarretar um processo depressivo, conforme levantam os especialistas.
No caso de Elias o comentarista levanta dois principais: a decepção e o medo.
Alguns pesquisadores
nas academias, preocupados com a questão do estresse no ministério pastoral,
desenvolvem pesquisas para estudar a Síndrome de Bournout entre pastores. Dentre
estes, Young Sun Jin, em pesquisa desenvolvida entre pastores coreanos nos EUA,
desenvolveu estudo de caso do desenvolvimento da síndrome de .Bournout entre
estes ministros.
Jin cita em seu
trabalho o escritor Frank Minirth, autor do livro How to Beat Burnout, obra
clássica sobre o burnout pastoral. Nesta obra, o autor apresenta valiosas
opiniões sobre o burnout em pastores. Ele aponta os seguintes quatro fatores
que provocam estresse pastoral:
- expectativas não
cumpridas
- emoções hostis
- Ser um workaholic (viciado em trabalho)
- Falha nos sermões e
um sentimento de incompetente para com Deus
O pesquisador aponta as
seguintes causas para o comportamento depressivo de Elias:
Egoísmo
- em última análise, Deus lembrou Elias de que ele não era a única pessoa que
deixou, que lá eram ainda sete mil que não havia adorado a Baal. No entanto,
nessa fase, Elias sentiram que ele era o único.
Sentimento
de ressentimento e amargura - ele se ressentia o fato de que os israelitas
tinham abandonado a Deus. Esta amargura havia drenado energia emocional
importante.
Sentimento
de raiva em direção a Deus pedindo a Deus para tirar sua vida com a denúncia,
"Eles estão tentando me matar", ele demonstrou sua insatisfação e
falta de confiança em matéria do controle de Deus sobre sua vida. Todos esses
sentimentos são susceptíveis de ser experimentado pelo indivíduo que se sente
oprimido.
AGENTES DO ESTRESSE NO
MINISTÉRIO
Sem a pretensão de
entrar em uma área tão específica, vamos tratar aqui dos aspectos práticos no
ministério pastoral que podem levar a situações de estresse, podendo afetar a
saúde emocional e física de líderes que lidam com situações de conflito.,
baseado em relatos de pastores com larga experiência na prática ministerial e a
consequente administração dos conflitos.
O pastor David Fisher,
em sua obra Pastor do Séc. 21 (pg. 135), Fisher destaca:
O papel de cuidar das
almas é desgastante, assim como o trabalho da liderança pastoral em um mundo e
uma igreja em que os líderes estão sob suspeita e a religião institucional, sob
ataques diversos.
Nesta inevitável tensão
é o ambiente onde vive o pastor, uma existência dividia entre o céu e a terra.
Conforme Fisher identifica:
”Trabalhamos
copara Deus e lidamos com questões santas e eternas todos os dias de nossas
vidas, conscientes de que somos vasos humanos, falíveis e pecadores. Nossa
identidade pastoral inclui os dois lados do que é, na realidade, um paradoxo. Deus faz a obra
infinita do céu por meio de criaturas terrenas finitas. É um mistério, uma maravilha,
uma glória - - e um fardo quase insuportável.
Um mundo ministerial com diferentes fatores
intimamente gigantescos, acrescidos do já intolerável fardo de carregar a
verdade divina em nossos invólucros humanos.”
Desta forma alerta para
os perigos da decepção do ministério pastoral em face da dura realidade da
prática ministerial em contraste com as ideias elevadas e as grandes
expectativas, como pastores de barro que enfrentam um mundo que esmaga barro:
“Os pastores
inevitavelmente armazenam um alto nível de frustrações em sua vocação. Ficam
frustrados com os conflitos da igreja, com a futilidade de nosso trabalho e com
o fracasso de nosso povo. O ministério simplesmente nos machuca a maior parte
do tempo.”
E aponta alguns fatores
que podem levar a tal estado de decepção: rumores e críticas incessantes,
acusações, reuniões improdutivas. Sem falar no maior de todos os desafios. A
grande batalha no mundo espiritual, este sim, o campo maior da luta de um líder
na obra do Senhor.
No artigo as
Inigualáveis Lutas dos Pastores de Hoje, publicado na obra O Pastor
Pentecostal, o pastor. Dennis A. Davis levanta algumas as causas para tais
lutas:
- a dúvida quanto ao chamado para a obra;
- empenho em ser cooperativo e reconhecer quem
somos para assim evitar o espírito de competição;
- o equilíbrio na
mordomia do tempo dividido entre ao trabalho, a família e o lazer; o equilíbrio
das finanças pessoais e da igreja;
- o problema de viver
em uma subcultura cristã. Assim as demais pessoas passam a não entender a nossa
mensagem.
Para se manter saudável
no Ministério, o Pr Richard D. Dobbins aponta algumas fontes de tensão a serem
observadas:
- Sobrecarga de
informações e as rápidas mudanças do mundo moderno;
- Os problemas nas áreas
de valorização excessiva do sexo, o abuso da violência no mundo moderno e o
atual comprometimento moral;
- As tensões no mundo
de nosso filhos;
- o excesso de
atividades simultâneas.
O peso do sucesso do
ministério também gera uma forte carga de estresse.
David Fisher cita o
exemplo do grande pregador Charles Spurgeon, onde suas reuniões atraía milhares
de pessoas, chamando a atenção da comunidade e da imprensa, conforme confessa o
próprio Spurgeon, que se sentia oprimido por ocasionais períodos de depressão:
“Meu
sucesso me assustava, e a ideia da carreira que parecia abrir-se diante de mim,
longe de me ensoberbecer, lançava-me no mais profundo abismo.” Eu queria
retornar para a América e encontrar um ninho solitário na floresta, onde
pudesse ser suficiente para as coisas exigidas de mim “
Na verdade, nunca foi
fácil ser líder. Em qualquer época, lugar ou circunstância. Principalmente um
líder espiritual. São milhares de ouvintes a esperar uma mensagem de
edificação, consolação, ajuda. Outros na expectativa de “ver no que vai dar.”
Para estar apto a
ajudar a tirar o argueiro do olho de um irmão, o líder precisa, antes de tudo,
auto-examinar-se a fim de que nenhuma trave venha a servir de empecilho para
enxergar o real estado tanto pessoal quanto das ovelhas.
Conforme o
apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo, é
preciso primeiramente ter cuidado de si mesmo e da doutrina. (iI Tim 4.16).
Cautela nunca fez mal a ninguém.
O pastor socorre a
muitos em crise. Mas, quando ele mesmo passa por crises, quem o socorre?
Primeiramente Deus. Em
meio à oração, jejum, em meditação na Palavra. Na autoanálise onde busca sondar
o coração e encontrar a causa raiz do problema:
O que será que está acontecendo?
Muitas causas poderiam
ser levantadas de acordo com a vivênzia pessoal de cada um. Poderiamos
conjecturar algumas, como a licença poética que publicamos em outubro do ano passado na postagem http://eclesianet.blogspot.com.br/2011/10/o-lider-em-momentos-de-crises-pessoais.html:
O estresse e a
enfermidade de hoje não teriam sido causados pelo excesso de atividades?
A minha preocupação com
a concorrência desleal dos companheiros que usam técnicas agressivas de
marketing em suas igrejas vizinhas e oferecem uma mensagem mais atraente para
as ovelhas?
Não seria por causa da
minha falta de confiança na equipe construindo um ministério fraco, sem
autoestima, sem voz e sem vez para garantir a hegemonia da minha voz nas
decisões?
Não seria por que nos
meus dias de correria desenfreada não sobrou tempo algum para minha esposa e
filhos durante anos e agora não suportam minha presença em casa?
Será porque me acho
autossuficiente?
Não será por que deixei
de orar e tomei todas as decisões baseado na minha intuição ou na confiança nos
recursos intelectuais, materiais ou no rol das amizades na política?
Será porque priorizo a
Igreja em detrimento dos momentos com minha esposa e filhos?
Seria o apego ao cargo
e suas benesses?
Não seria porque gosto
de improvisar em tudo sem planejar nada e ainda dizer que o Espírito santo é
quem me orienta mesmo sem consultá-lo?
Será porque o meu povo
gosta mais de ver TV do que olhar para as coisas do céu?
Será porque adoro
gravatas de seda italianas enquanto as minhas ovelhas algumas delas não tem o
que vestir? Ou será porque busco subir no ministério à qualquer custo?
Será porque faço
distinção entre as ovelhas? Será porque falo mais de futebol do que do
evangelho?
Não seria porque dou
liberdade demais nas brincadeiras com o sexo oposto para alimentar minha
autoimagem masculina e agora sofro tentações?
Não será porque
confundi o tesouro da Igreja com os meus recursos pessoais e assim passo
cheques da Igreja à torto e à direito em meu nome?
Será por que minha igreja virou uma empresa?
Será porque tolero Jezabel?
Será que foi porque
decidi construir um megatemplo para desbancar o da coirmã?
Será que porque eu
decidi fundar meu próprio ministério para ficar livre da submissão à uma
convenção?
Será que a minha
vaidade cegou o meu entendimento a ponto de querer subir montanhas sem medir o
custo para mim, minha família e minha Igreja?
Será porque deixei o
primeiro amor?
Será por conta do meio
desejo ufanista de ser um televangelista de sucesso?
Será que foi por que
deixei de ler a Bíblia para falar a mim e ensinar apenas para os outros?
Ou será que entrei em
crise porque não cedi a tentação de um grupo que quer romper com a convenção em
troca das vantagens atraentes de outro ministério ?
Ou será porque desligo
o celular quando estou em meus momentos de comunhão com minha família?
Ou quando digo não
quando a maioria diz sim ao pecado?
Será porque prefiro
andar em um carro popular com dez anos de uso quando os companheiros de
ministério compram carrões importados ás custas do tesouro da Igreja?
Será que é porque
costumo sempre visitar as ovelhas acompanhado da minha esposa?
Será que é porque acho
que estou dirigindo na contramão quando todos mandam que eu volte e os
acompanhe em suas conveniências?
Será que é porque eu
disciplinei um membro daquele grupo influente?
Será porque preguei que
o crente também sofre? Será porque resisto ao relativismo moral?
Será porque sou
submisso a minha liderança? Será pro que sou ortodoxo?
Será porque gosto de
orar e chorar enquanto muitos contam piadas e gracejos até mesmo no púlpito ?
Será porque combato a
licenciosidade? Será porque não tenho
prata nem ouro?
Será porque não neguei
a minha fé? Será porque não suporto homens maus?
Será porque coloquei à
prova os falsos obreiros? Será porque guardei a palavra com perseverança?
Será porque não esqueço
de lembrar que Jesus está voltando?
Ou será porque não abro
mão do ensino sistemático da doutrina do Senhor?
Será que está no tempo
de me aposentar?
Estas são apenas
algumas inquietações. Deus sabe todas as coisas.
CONSEQUENCIAS DOS CONFLITOS DE ELIAS
Elias entrou na caverna e simplesmente desejou morrer. As pressões decorrentes do ofício lhe trouxeram dores que somente Deus trouxe lenitivo. Hoje os profetas e Deus também correm os mesmos riscos.
Pesquisa sobre Depressão entre Ministros
O Dr. Pérsio Ribeiro
Gomes de Deus, mestre em Ciência da Religião, médico psiquiatra e professor da
Universidade Mackenzie publicou artigo intitulado UM ESTUDO DA DEPRESSÃO EM
PASTORES PROTESTANTES, fruto de pesquisa
realizada entre 13 pastores evangélicos sendo nove presbiterianos, três
batistas, e um da Assembleia de Deus, que identificou as seguintes causas da
enfermidade, conforme entrevista com os obreiros:
Segundo o dr. Pérsio
Ribeiro, Podem-se depreender de sua pesquisa os seguintes pontos levantados
como fatores causais para o desencadeamento de um estado depressivo entre os
ministros:
• Estresse relacionado
ao exercício da atividade pastoral.
• Baixa remuneração.
• Problemas de
relacionamento conjugal.
• Pecado e
enfraquecimento da fé.
• Ação do demônio.
• Falta de apoio e
compreensão da Igreja (entendida como organização).
• Problemas de
relacionamento com membros das igrejas locais.
• Cobrança das igrejas
sedes e dos membros das comunidades.
• Mudanças constantes
dos campos ministeriais.
Para trazer mais luz ao
problema citamos as conclusões a que chegou o médico-pesquisador:
“Da
experiência no exercício da medicina psiquiátrica tínhamos a evidência clínica
de que um número elevado de pastores protestantes eram portadores de depressão.
Isso se transformou na hipótese do presente estudo de caso que veio comprovar
uma elevada incidência de quadros depressivos em pastores protestantes. O
assunto é bastante complexo, bem como as causalidades encontradas. Similarmente
a outros líderes, os pastores precisam se mostrar sempre fortes, pois são
modelos, e apresentam grande dificuldade em aceitarem-se doentes. Apresentam
falta de informações adequadas sobre o que seja a doença depressiva, e as
ideias a respeito da doença são fortemente influenciadas por interpretações de
cunho religioso. Outras causalidades merecem menção: baixa remuneração e
estresse advindo das múltiplas funções exercidas no pastorado, aliado à
disponibilidade total à comunidade sem que
haja uma jornada de trabalho delimitada. Outro ponto que merece
relevância é a contínua alternância de estados emocionais relacionados às
atividades pastorais, como: ofício fúnebre seguido de celebração de casamento,
reunião administrativa, culto, considerando o fato de que cada evento requer
uma disponibilidade intelectual e emocional diversa.”
Especialistas na área
postulam que ao sofrer de depressão, o indivíduo depara-se com sentimentos e
pensamentos de pessimismo, desamparo,
tristeza profunda, apatia, falta de iniciativa, descontentamento físico,
dificuldade na organização e fluidez das
ideias, comprometimento do julgamento cognitivo, entre outros sintomas.
O quadro de esgotamento total na prática do
ministério pastoral pode levar ao que os estudiosos chamam de Síndrome de
Bournot. Esta condição acontece em profissionais que exigem contato direto com as pessoas e que
têm uma filosofia humanística do trabalho.
As pressões da vida
ministerial se evidenciam das mais variadas formas de acordo com o temperamento
e formação pessoal do líder. O Pastor Nemuel Kessler, na obra ética Pastoral,
aponta alguns fatores diretamente ligados à vida emocional do obreiro:
Emoções primárias:
medo, cólera, tristeza, alegria; emoções ligadas à estimulação; sensorial:
dores, repugnância, prazeres, desprazeres; emoções ligadas a atuoestima: êxito
fracasso, orgulho e vergonha, culpa e remorso; reações às emoções: ansiedade,
estresse, fadiga.
Eugene Peterson, em seu
livro Pastor Contemplativo, alerta para o perigo de o obreiro ser tomado por
“uma blasfema ansiedade de querer fazer o trabalho de Deus por Ele..”
(Peterson, 2006, p. ), a fim de atender `as demandas externas.
Solução
de Deus
Uma das maiores
dificuldades enfrentadas pelos líderes é manterem-se motivados para assim
estimularem em seus liderados a
motivação da equipe para o alcance das metas e objetivos propostos.
Um líder espiritual à
exemplo de Neemias precisa do auxílio e orientação do Espírito Santo na tomada
de decisões. E ainda mais na implantação
de mudanças e na quebra de paradigmas seguidos à época e que iam de encontro à
vontade de Deus.
Esdras, o escriba,
contemporâneo de Neemias foi um dos responsáveis pela renovação da aliança do povo com Deus.
Não contavam eles com
livros de autoajuda, artigos de renomados pesquisadores de Harvard,
consultorias milionárias de gurus da administração eclesiástica moderna.
Mas tinham a fé para
manter a constância de propósitos e o manual de ajuda do Alto, as Escrituras, para
dar o norte às instruções e assim alimentar o povo. E foi isso que fizeram (Neemias 8.1-9):
Então, o que fazer em tempos
de crise ?
Uma das maiores
dificuldades enfrentadas pelos líderes é manterem-se motivados para assim
estimularem em seus liderados a motivação da equipe para o alcance das metas e
objetivos propostos.
O pastor Gordon
MacDonald escreveu um verdadeiro tratado de como cuidar de si mesmo na obra
Ponha Ordem no Seu Mundo Interior. Ele destaca a necessidade de colocarmos a
nossa casa em ordem obedecendo alguns princípios espirituais básicos mas muitas
vezes negligenciados:
- Estar firmemente
convencido de que o mundo interior, espiritual, deve reger o exterior, e não o
contrário;
- Reconhecer a nossa
tendência de agir segundo os esquemas e padrões criados pelo nosso passado
desordenado, e não segundo os que são criados por Deus;
- Identificar e encarar
de frente os fatores que têm me impelido, tranquilamente atendendo ao chamado
de Cristo;
- Entender que sou
mordomo de Cristo e não dos meus objetivos, da minha função na vida e da minha
identidade;
- Tomar a firme
deliberação de encarar o tempo como uma dádiva de Deus, que merece ser encarado
com critério, começando a reparar os
problemas de desperdício de tempo e aplicando as minhas horas mais produtivas
de acordo com minhas habilidades, limitações e prioridades;
- Tomar a firme
deliberação de crescer em sabedoria e conhecimento a cada dia e assim procurar
utilizar tudo o que aprendi para servir a outros, assim como Cristo;
- Cultivar regularmente o centro espiritual da
minha vida;
Não ter receio de ficar
na presença de Cristo;
- Absorver os ensinos
de Cristo para que se reflitam em minhas ações e atitudes;
- Tomar a firme decisão
de começar já o processo de colocar a minha casa em ordem.
A partir do cuidado de
si mesmo, o líder poderá passar a agir com eficácia em favor dos outros sob
seus cuidados. Um líder espiritual, à
exemplo do governador Neemias,
responsável pela reconstrução e repovoamento da nação de Israel quando da volta
do exílio babilônico, precisa do auxílio
e orientação do Espírito Santo na tomada de decisões. E ainda mais na implantação de mudanças e na
quebra de paradigmas seguidos à época e que iam de encontro à vontade de Deus.
As crises pessoais por
sua vez também podem ser geradas a partir de uma crise institucional. Assim se
faz necessário buscar a orientação de Deus para a solução dos problemas da
igreja local
Promover um megaevento,
convidar a banda gospel top de linha à peso de ouro, trazer o pregador mais
badalado do momento, encher a casa, não vai resolver a situação;
Ou quem sabe mudar a
liturgia do culto, abolir o Cantor ou a Harpa Cristã, contratar um ministro de
louvor com sua equipe, tirar os obreiros do púlpito, criar um grupo de
coreografia (eufemismo para grupo de dança), quem sabe a gente não sai dessa
crise?
Vamos aderir ao mundo
das redes sociais e tornar a Igreja antenada com as inovações high tech, isso talvez ajude !
Penso que nada disso
pode resolver a crise espiritual à luz do exemplo da reforma de Esdras e
Neemias.
Eles simplesmente se
voltaram para à Palavra do Senhor. Mudaram paradigmas porque voltaram aos
marcos antigos. Eles, Esdras e Neemias, junto com os levitas, ensinavam ao
povo, recomendando a se alimentarem da Palavra (Neemias 8.9-18).
Invariavelmente está implícito que a oração fazia parte da liturgia. (Neemias
1.6)
Fizeram uma festa tal
qual nunca fora feita até então, onde o centro era a ministração da Escrituras,
lidas dia após dia (Neemias 8.18).
O efeito junto ao povo
foi de provocar uma tristeza geral, mas a tristeza que “segundo Deus produz
arrependimento para a salvação. (II Coríntios 7.10). O povo lamentou, chorou, e
fez coletivamente confissão de pecados.
Os líderes por sua vez
não deixaram os seus liderados abandonados, corroendo-se em tristeza e dor, ao
contrário, trouxeram-lhes palavras não de autoajuda, mas de ânimo no
Senhor:
Este dia é consagrado
ao Senhor vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava,
ouvindo as palavras da lei.
Disse-lhes mais:
Ide,
comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada
preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não
vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força. Os levitas, pois,
fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; por
isso não vos entristeçais. Então todo o povo se
foi para comer e beber, e para enviar porções, e para fazer grande regozijo,
porque tinha entendido as palavras que lhe foram referidas.
Assim tomaram posição,
mudaram de atitude e renovaram a aliança com o Deus Bendito (Neemias 10.28 e
29):
E
o resto do povo, os sacerdotes, os porteiros, os cantores, os netinins, e todos
os que se tinham separado dos povos de outras terras para seguir a lei de Deus,
suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham conhecimento e
entendimento, aderiram a seus irmãos, os seus nobres, e convieram num juramento
sob pena de maldição de que andariam na lei de Deus, a qual foi dada por
intermédio de Moisés, servo de Deus, e de que
guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus
juízos e os seus estatutos.
Desta forma recobraram o
ânimo em tempos de crise espiritual.
Na sua autobiografia
Confissões do Pastor, o Pr. Caio Fábio, pastor presbiteriano, um dos pregadores
brasileiros que mais influenciou sua geração, formador de opinião entre
cristãos evangélicos entre as décadas de 80 a 90, testemunha da sua história de
vida e de apego a vida, enfrentando as crises de infância, juventude, sua
conversão, seu chamado e as crises da prática ministerial a serviço da obra
do Senhor, em meio a divergências
políticas e eclesiásticas que lhe trouxeram alegrias e dores. (Fábio, 1999.)
Razões do conhecimento público o levaram
a se afastar do centro do cenário evangélico nacional e internacional.
Mas suas mensagens e
seus escritos ficaram registrados em benefício da edificação do corpo de Cristo.
Em uma de suas obras
procura responder a uma questão crucial da vida humana: o que fazer em tempos
de crise?
No livro Resposta à
Calamidade, editado primeiramente pela CPAD (Fábio, 1989), procura apresentar
respostas para o problema e sugere que tipo de homens temos de ser para
enfrentarmos tempos de crises: “ Um homem que tenha mais do que um mediano
otimismo. Pede-se dele um esforço que ultrapasse muitas vezes aquilo que a
nossa humanidade produz.”
No primeiro capítulo,
com base no texto de II Reis 7.1-15 que relata a saga de quatro leprosos quando
do cerco de Samaria pelo exército dos siros, contextualiza o cenário da época.
Um tempo de “miséria, desemprego, elevação do custo de vida, dramas familiares
em decorrência disso, desmotivação da liderança,” enfim, tempos de crise, de
calamidade.
E pergunta: “Quais são
os seres humanos capacitados a viver neste tempo de crise?” E descreve as
respostas que encontrou no texto bíblico:
1. Os heróis destes
tempos de crise devem ser pessoas que sabem o que é padecer; que aceita ser
discriminada; que sabe viver sem status; que sabe conviver com a solidão,
enfim, conclui que temos que ter na alma
e no coração a força do desapego.
2. Para viver em tempos
de crise é preciso sermos pessoas que entendem que a ação é a única maneira
digna de enfrentar a morte, ação de amor a vida, de luta contra o mal e de
servir; Proclama que a derrota sem lutas é uma das maiores indignidades.
3. Ser pessoas que
entendem que a vida só tende a melhorar e esclarece que só quem já morreu para
vida pode vivê-la com otimismo;
4. E, por fim, pessoas
que entendem que o tempo de Deus muitas das vezes não é no melhor tempo humano.
Mas é o tempo em que o Senhor manifesta a sua ação simultânea, agindo em peleja
por aqueles que nele confiam.
Assim, depois do agir
de Deus em nosso benefício em meio às crises, ensina que devemos tomar uma
atitude de tomar posse das oportunidades que Deus nos dá para depois
compartilhar com os outros das bênçãos recebidas da parte de Deus, com
responsabilidade, generosidade e bom ânimo.
Tenho
tanto que fazer que preciso passar várias horas em oração
antes
de ser capaz de fazê-lo.” (John Wesley)
Quando a crise mostra a
sua face não adianta espernear, o jeito é orar.
O povo hebreu passou
por diversas crises em sua história enquanto povo de Deus e nação escolhida.
Crises estas motivadas pela desobediência à palavra do Senhor. Como resultado,
surgiram momentos de dor, vergonha humilhação, crises, fruto do juízo e do
fruto colhido por semear iniquidade.
Eugene Peterson sugere
que se o pastor não se ocupasse de mais nada do que normalmente faz e lhe rouba
quase todo o tempo, o ministro faria essencialmente três coisas, que não são
poucas – Orar, pregar e ouvir.
(Peterson, 2002. p. 31)
Assim, como diz o
provérbio chinês crises servem de estímulo para as oportunidades. Muitos buscam
oportunidades. Oportunidades de emprego, de namoro, oportunidades de ganhos
ilícitos, para o exercício de poder, oportunidades ministeriais. Em momentos de
crise, a primeira e talvez única oportunidade que nos resta é orar, orar e
orar.
Vivemos atualmente um
momento sério de crise espiritual, crise de integridade, conforme alertou o
pastor Warren W. Wiersbe, No final da década de 80. À exemplo dos tempo de
Neemias, dos tempos de Moisés, dos tempos de Wiersbe, o povo continua a se
distanciar de Deus.
Wiersbe denunciou que
nos últimos anos, devido a crise de integridade (Wiersbe, 1889, p. 42), “a
igreja tem tido celebridades demais e servos de menos, um número demasiado de
pessoas com muitas medalhas e cicatrizes de menos.”
Assim se faz necessário
o levantar de novos Neemias com o mesmo espírito, firmeza, disposição, coragem,
fé, e atitude para reerguer os muros derrubados pelo pecado do liberalismo,
relativismo moral, idolatria, hedonismo, tirania, antropocentrismo, misticismo,
ateísmo, secularização, materialismo, confissão positiva, consumismo,
individualismo, veneração à tecnologia e a ciência, desamor, incredulidade,
permissividade. E tanto quanto pudermos lembrar daquilo que nos distancia de Deus
e de sua vontade.
Portanto é
indispensável iniciar a reconstrução dos nossos muros espirituais e morais
começando pela reedificação do nosso altar da oração.
Elias saiu da caverna
depois de um encontro pessoal com Deus através da oração. Seu ministério foi
retomado. Ainda havia de ungir reis e escolher seu sucessor para continuar a
obra que havia iniciado. Ao final, Elias foi arrebatado ao céus porque o Senhor era com o homem de Deus.
Deus está sempre
conosco em nossos momentos de alegria e dor, na cidade, nas grandes reuniões,
mas também na caverna pessoal mesmo em meio a uma grande multidão. Mas para sua
glória nos ajuda a sair de dentro de nós mesmo em atendendo a sua voz de amor e
que nos fortalece e no diz sempre: - Tem bom ânimo!
Além de orar, precisamos
retomar o hábito cada vez mais raro de meditar na Palavra. Chega de livros
gospel de autoajuda e de fórmulas prontas.
Quando a incipiente
Igreja do primeiro século se levantou, surgiram as demandas das pessoas e assim
foi necessária a instituição do serviço de diaconia para que os presbíteros de
dedicassem com perseverança e tão somente à oração e ao ministério da Palavra.
(Atos 6.4)
Deus nos ajude a
administrar, remir o tempo para nos aplicar à prática sistemática da oração
devocional a sós com Deus, do estudo contemplativo da Palavra, da observação
cuidadosa do ambiente ao redor e com a ajuda dos conselhos dos que nos
assessoram para podermos ministrar, pregar, aconselhar, admoestar e exortar com
autoridade, sabedoria e graça.
Deixo
um poema dedicado aos queridos pastores que fazem de suas vidas um inteiro
viver para servir.
Pastor
em Versos
Pastores
São
homens de dores
Que
foram chamados para servir.
Assumir
os riscos
De
viver por fé;
Até
na dor procurar sorrir.
Pastores
Homens
atarefados
Ocupados
no exercício
Do
ofício mais sublime.
Firmes
nas convicções
De
mostrar ao povo
O
caminho novo para se seguir.
Pastores
são pais
A
cuidar dos filhinhos
No
ninho da Igreja a alimentar, Cuidar de cada um
Sem
esquecer nenhum.em particular.
Pastores
são mestres
Dedicados
em ler, exortar, ensinar
A
expectar o crescimento espiritual
Sem
igual do seu rebanho em crescimento.
No
conhecimento e graça do Senhor
Que,
com Seu amor
Ao
pastor ajuda à cada momento.
Pastores
são operários,
Visionários
dos planos de Deus
Os
seus ? é viver a trabalhar,
A
edificar o corpo de Cristo,
Visto
que que foi lhe entregue a ferramenta,
Em
meio à tormenta,
Pratica
o amar.
Pastores
são cuidadosos,
Operosos
em conduzir o rebanho,
Sem
estranho achar recompensas não receber.
Deixar
crescer Cristo nas vidas
Para
então sumir, desaparecer,
E
Tornar a viver na Ressurreição
Trazendo
nas mãos a coroa de glória:
Eu
e você!
Referências
Bibiográficas:
FÁBIO, Caio. Resposta á
calamidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
TRASK, Thomas E. e tal.
P Pastor Pentecostal: Um Mandato para o Século XXI. 2ª edição. Rio de Janeiro:
CPAD, 1989.
COUTINHO, Maria da
Penha de Lima e tal. Psico-USF, v. 8, n.
2, p. 183-192, Jul./Dez. 2003. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pusf/v8n2/v8n2a10.pdf
, acesso em 27/01/2013.
FISHER,
David. O Pastor do Século 21. 1ª edição. São Paulo: Editora Vida, 1999.
MACDONALD,
Gordon. Ponha Ordem em Seu Mundo Interior. Venda Nova, MG: Editora Betânia,
1988.
PETERSON, Eugene e
DAWN, Marva. O Pastor Desnecessário: Descobrindo o Chamado. Rio de Janeiro: Textus,
2001.
PETERSON, Eugene e
DAWN, Marva. O pastor Contemplativo. Rio de Janeiro:Textus, 2002.
WIERSBE,
Warren W. A Crise de Integridade. 2ª impressão. São Paulo: Editora Vida, 1999.
Nenhum comentário:
Postar um comentário