27 de março de 2010
Jeremias - Introdução
Também tem o sentido de vidente ou visionário (ro’eh e hozeh). Conforme Davidson, “a "visão" do profeta resulta exclusivamente dum dom sobrenatural, independente da vontade do mesmo profeta, pois o objeto dessa visão é revelado por Deus.”
O termo mais usual para designar o profeta (nabî’) é citado cerca de 315 vezes no AT e tem origem no verbo nb’, embora com sentidos bem distintos como “profetizar”, atuar, ficar frenático, dançar ritualmente.
Este último termo designa a pessoa escolhida por Deus como porta-voz da Sua mensagem aos homens quanto a realizada do presente e uma visão para o futuro.
Os verdadeiros Profetas são mensageiros de Deus que andam na contramão da história, normalmente para apontar os erros (e acertos) do presente, as conseqüências no futuro e a esperança pelo retorno ao caminho planejado por Deus.
O profeta chora quando todos sorriem; e sorri ao vislumbrar a saída quando todos consideram que não há mais saída.
Andar na contramão é desafiar os poderosos do sistema político-religioso fora do prpósito divino e confrontar a verdade de Deus às suas práticas nada louváveis. Assim, reis, sacerdotes e profetas da situação se alinham induzindo o povo a pecar e estimulando a continuação no erro, o que lhes garante status, poder, conforto, riqueza e domínio.
Assim, o povo continua sua vidinha mais ou menos, sacrificando nos altos e nos montes, e ainda tendo prazer em mencionar o nome do Senhor e de se achar povo Seu.
Jeremias foi um destes profetas autênticos. Não falava mal por deboche, arrogância ou pirraça; falava porque não queria falar; profetizava quando não gostaria de profetizar. Quando jovem, disse não para Deus, que não recebe não como resposta. Jeremias não teve escolha. Certa ocasião escutei um pregador que disse que Deus lhe deu duas opções: ser um pregador ou um grande empresário. Adivinha qual foi a sua escolha?
Jeremias não teve opções. Era pregar ou pregar. Antes do ventre da mãe fora escolhido, separado, comissionado. Não adiantaria estrebuchar; foi logo avisado de que não deveria casar. Prmanecer solteiro era o caminho mais seguro para manter a sua chamada em dia. O celibato como opção oferecida por Cristo para uns poucos vocacionados, e que o apóstolo Paulo defendeu como sua opção e vocação pessoal, foi requisito obrigatório na vida do profeta solitário, homem de lágrimas, de mensagens duras, remédios amargos e desesperança esperançosa ou esperança desesperançada.
Como um tipo de Cristo, sofredor, profeta que prenunciou a queda do templo de Jerusalém, o juízo final e a celebração de uma nova aliança.
Lições 4.o Trimestre 2013
Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo
Comentarista:
José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.
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