O planejamento estratégico, as técnicas de marketing e persuasão, as ferramentas de gestão, as estatísticas e gráficos de controle, a identificação dos “membros-clientes” e a busca de sua satisfação plena, as palavras persuasivas de sabedoria humana de que fala o apóstolo Paulo têm dado lugar em muitos lugares ao ouvir a voz de Deus e obedecê-la.
Confia-se mais nos dotes da intelectualidade humana do que na ação de Deus; os modelos administrativos humanos são mais importantes do que se cumprir a vontade de Deus que assim passa a ser manipulada para atender às intenções pessoais. As Igrejas se tornam meras empresas.
Importa mais a consolidação e crescimento da organização religiosa à edificação do organismo vivo, o Corpo de Cristo: a Igreja do Senhor. E para se crescer e vencer a concorrência no "mercado da fé" muitas vezes se recorre às concessões ao pecado, conceito agora relativizado sob a máscara do politicamente correto, sejam estas mínimas, sutis ou muitas vezes escancaradas. O que importa são os resultados, os princípios e meios se tornam meros detalhes.
Mas não se pode esquecer que a vida cristã é essencialmente feita de detalhes, de pequenas coisas baseadas em princípios inegociáveis que tem significação e reflexo na vida cotidiana e no porvir. Assim não podemos desprezar o valor das coisas pequenas, sob pena de se perder o sentido do significado da essência do evangelho transformador de Cristo.
Não vale a pena nos tornarmos os homens mais miseráveis da terra. Resultados materiais não superam os tesouros nos céus.
Assim, acreditamos ser necessária uma volta ao ouvir a voz do Senhor. Melhor deixar as muitas invenções, sejam pós-modernas ou do tempo da minha bisavó, e procurar ouvir no sentido de entender e praticar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Isto sim é o que importa. O resto é perfumaria.
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