Crescendo na graça e no conhecimento

21 de junho de 2011

Igreja, Projeto de DEUS

           
Para que se realize qualquer propósito em nossas vidas se requer, antes de tudo, que façamos um planejamento das ações. A escolha de uma profissão, a criação de uma empresa, a formação de uma família, a mudança de emprego, uma viagem de férias ou a negócios, para se alcançar êxito, tudo que se inicia normalmente a partir do que foi planejado.
DEUS também tem Seus planos e propósitos, conforme destacou o pastor Lawrence Olson na obra O Plano Divino através dos Séculos:

Quando DEUS criou o Universo e todos os seres vivos, tinha em mente um plano que seria executado em lugares e  épocas por Ele determinados. Esse plano visa a glorificação do Seu nome em todo o universo e durante toda a eternidade. (Olson, 1989, p.11.)   
Destacadamente, o chamado plano da salvação do homem, plano este que se proclama, dissemina e consolida na Terra através do agente para consecução das ações divinas em si e para benefício de todos: a Igreja.
O Soberano Senhor que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há (Atos 4:24), elegeu um povo particular, a Igreja, para e levar ao mundo a Sua mensagem; indo mais além, celebrou com ela um pacto, uma aliança eterna, estabelecendo como condições o ouvir, obedecer e cumprir os Seus mandamentos, atender à Sua voz.
Para cumprir Seu projeto, DEUS inicialmente escolheu os filhos de Israel como propriedade peculiar dentre todos os povos, instrumentalizando-os como canal de bênçãos para proclamação de Sua Palavra à humanidade. Êxodo 19:5; Salmos 135:4.
Israel tornar-se-ia uma nação de sacerdotes. Os sacerdotes por sua vez têm o simples direito de viver em favor dos outros. Apresentar intercessões, ofertas e sacrifícios pelos pecados a DEUS em favor do povo israelita e das demais nações, ímpias, politeístas, idólatras.
Israel foi constituído como nação santa, separada dos povos para o fim específico de ser luz no meio de trevas e para servir de testemunho entre os povos (Êxodo 19:6). No entanto, a misericórdia divina para com um povo rebelde e contradizente, conforme considerou Paulo, muito embora todo o dia o Senhor lhe estendesse as mãos. (Romanos 10:21). Jesus Cristo, o Messias prometido, veio para os Seus, mas os Seus não o receberam (João 1:11).
E ainda hoje assim permanecem:
“DEUS lhes deu espírito de profundo sono: olhos para não verem e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje” (Romanos 11:8).
Em seu livro que trata da Missiologia, o Pastor Larry D. Pate assim define o quadro:

Israel, chamado para receber as bênçãos de Deus e cumprir uma missão especial entre as nações da terra, fracassou pela desobediência. Frustrou os propósitos de Deus, mas não os mudou. (Pate, 1987, p. 14.)

O plano de DEUS para resgate do homem que perdeu sua condição de liberdade quando da queda no Éden por conta da prática do pecado, continuou de pé: “Jesus projetou claramente a existência de uma sociedade de seus seguidores que daria aos homens seu evangelho”, conforme citação do pastor  Myer Pyerlman no livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia (Pearlman, 1997, p.213)
Com a rejeição do povo israelita, DEUS busca agora cumprir Seu propósito através da escolha de outro povo que cumpra a Sua vontade. Disse Moisés: “- Eu vos meterei em ciúmes com aqueles que não são povo, com gente insensata vos provocarei à ira”. (Romanos 10:19 e 20). Paulo explica esta situação:

Assim, desconhecendo a justiça de DEUS e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de DEUS, tropeçando na Rocha de escândalo e pedra de tropeço posta em Sião, Jesus Cristo, a quem crucificaram. (Romanos 10:3)

Desta forma DEUS elegeu dentre os gentios que não o buscavam nem o conheciam, um povo ao qual constituiu para realizar os Seus desígnios na Terra, cumprindo-se o profeta Isaías vaticinou: “Fui achado pelos que me não buscavam, fui manifestado aos que por mim não perguntavam”. Isaías 65:1.

Esta comunidade é a Eklesia, a Igreja.

Eklesia, Igreja no grego, que por sua vez é a tradução do hebraico qahal, na Septuaginta, ambas designam uma convocação. (Allen, 1988, p. 219), significa “uma assembleia dos chamados para fora”. (Pyerlman, 1997, p. 215)
O Pastor Elinaldo Renovato explica o sentido deste termo usado na antiga Grécia como uma convocação das pessoas para fora de suas casas a fim de participarem de uma assembleia de interesse público que deliberava acerca de importantes assuntos que afetariam as suas vidas. (Lima, 2003, p. 85)
O teólogo judeu argelino André Chouraqui interpreta o significado do termo qahal, que vem sempre acompanhado da palavra qodèsh na Bíblia hebraica, - onde aparece 112 vezes -, como uma comunidade consagrada ao serviço de Yavé Adonai. No caso da citação de Cristo a respeito da Igreja em Mateus 16.18 interpreta como a comunidade consagrada à edificação de Seu reino. (Chouraqui, 1996, p. 220). 
“A Igreja é a organização de Cristo sobre a terra”, proclamou o pastor Billy Graham (Graham, 1989, p. 201.). 
A eleição da Igreja, a assembleia dos santos, como povo de DEUS, aconteceu através da resposta positiva de um povo ao chamado do Senhor pelo princípio da fé. Agora não mais há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo DEUS é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam (Romanos 10:12; Gálatas 3:28; Colossenses 3:11).
Porque agora “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Atos 2:21. Como muitos judeus não o receberam, concedeu aos cristãos o poder de serem feitos filhos de DEUS aos que creem em Seu nome (João 1:12), os quais formam a Igreja Vencedora, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios, chamando povo Seu ao que não era Seu povo; e amada, à que não era amada. Romanos 9:25. 
Na verdade dos dois povos o Senhor Deus fez um retirando o muro da separação. Efésios 2:14.  Agora não há judeu nem grego, pois todos são um em Cristo. Gálatas 3:28.
A Igreja ouviu o cântico de amor, deu crédito à pregação e atendeu ao Seu chamado, tornando-se partícipe do plano divino da salvação (Romanos 9:24 e 25).
Este Plano foi traçado há muito tempo: DEUS nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor (Efésios 1:4); e recebermos por herança o Reino que nos está preparado desde a fundação do mundo. Mateus 25:34. Um plano eterno que se cumpre hoje.

Referências Bibliográficas:


ALLEN, Clifton. Comentário Bíblico Broadman: Novo Testamento. Editor Geral: Clifton J. Allen. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira e Israel Belo de Azevedo. 3ª edição, Rio de Janeiro: JUERP, 1988, Vol. 8; 
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida-EUA: CPAD, 1999.
CHOURAQUI, André. A Bíblia – Matyah – O evangelho segundo Mateus. 1ª edição. Rio de Janeiro: 1996,    Imago Editora Ltda; 
GRAHAM, Billy. Paz com Deus. Tradução de Jorge Rosa. 3ª edição, Rio de Janeiro: JUERP, 1979;
LIMA, Elinaldo Renovato de. Aprendendo Diariamente com Cristo. 1ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
OLSON, Nels Lawrence. O Pano Divino através dos Séculos. 10ª edição, Rio de Janeiro: CPAD, 1989;
PATE, Larry D. Missiologia: a missão transcultural da Igreja. 1ª edição, São Paulo: Editora Vida, 1987;
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da bíblia. 25ª impressão,  São Paulo: Editora Vida, 1997.



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Lições 4.o Trimestre 2013

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Conselhos para a vida

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Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo

Comentarista:

José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.

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