A nova reforma ortográfica da língua portuguesa aboliu a necessidade do uso do acento nos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Desta forma, a palavra assembleia já não mais se escreve assembléia mas assembleia, assim, sem o acento. Nada que perturbe a paz e a estrutura da igreja Assembleia de Deus a não ser o cuidado com revisão dos documentos a serem escritos de agora em diante, as correções das placas e letreiros, sem contar nas pequenas observações os irmãos mais sabidos.
Na verdade, o que perturba a saúde espiritual de uma igreja é a falta de cuidado enquanto corpo de Cristo quanto á observação da doutrina dos apóstolos e, por extensão, seu credo, especialmente quando se trata da necessidade de promover reformas estatutárias ou doutrinárias. Quando se vai reformar uma casa ou promover uma reforma ortográfica, os especialistas zelam em manter os fundamentos da edificação, da língua.
Paulo aos efésios, afirma:
“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”. (Efésios 2.19-22)
Os crentes da Igreja Primitiva, cheios do temor de Deus e do Espírito Santo, “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (Atos 2.42.), com alegria e singeleza de coração, operando prodígios e sinais através dos apóstolos, de maneira que seu modus vivendi era observado pelas demais pessoas que se sentiam tocadas e atraídas por este evangelho existencial, cheio de graça e de poder, e assim Deus fazia crescer a multidão de salvos. Leia Atos 2.42-47.
Com base nestes princípios, nasce em 18 de junho de 1911, em Belém do Pará, a Missão de Fé Apostólica, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus, uma igreja nascida no movimento pentecostal efervescente do início séc. XX. Esta chama se espalhou rapidamente por todo o Brasil e o mundo, surgindo vertentes de outros ministérios e denominações que se multiplicam às dezenas.
A nova Igreja nasceu baseada na autoridade infalível da Santa Palavra de Deus, a Bíblia, e as convicções de que Jesus Cristo Salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva o homem para o céu.
Ao comemorar seu centenário, estes princípios precisam continuar os mesmos.
Os tempos se passaram, a organização cresceu, adentrou ao séc. XXI, em plena era da pós-modernidade, o assento da “bléia” caiu. Mudanças na liturgia, costumes, usos, também foram observadas, aqui e ali, respeitando-se as diferenças e culturas próprias de cada região, cidade ou mesmo comunidade. Porém, a necessidade de preservar a doutrina dos apóstolos tendo Cristo como pedra de esquina, - em meio aos modismos, sedições das influências das concepções de vida mundanas, falsos ensinos, estratégias de administração meramente humanas -, continua irrefutavelmente indispensável para que os membros e congregados possam continuar de pé, perseverantes na fé, e assim garantir o verdadeiro assento que importa, junto ao Senhor nas bodas do Cordeiro.
O acento agudo não nos fará a menor falta; já o assento nos céus...
Fonte (Imagem e informações históricas):
Disponível em http://www.cpad.com.br/paginas/quem_assembl.htm, acesso em 24/04/2010, às 15:20h.
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