Subsídios e dicas da lição da Escola Bíblica Dominical (EBD), editada pela CPAD.
Reflexões no contexto do mundo atual sob a ótica cristã, ligando fatos, palavras e ações à Palavra de Deus, e a relevância do papel da Igreja na sociedade pós-moderna.
Crescendo na graça e no conhecimento
28 de dezembro de 2012
APOSTASIA
OS
PASSOS PARA A APOSTASIA
A apostasia (no grego apostásis, afastamento), caracteriza-se pelo abandono premeditado e consciente da fé cristã. Não se trata portanto de uma queda por motivo de um pecado de maneira inconsciente por falta de vigilância, por exemplo. Trata-se neste caso de uma rejeição e negação deliberada da fé, de maneira consciente.
Mas como acontece o processo
de apostasia? Começa com uma onda ! Um dos caminhos que podem conduzir à
apostasia consiste em dar ouvidos aos falsos mestres.
Mas, como alguém que
serve a Deus pode se deixar levar por falsos argumentos? Primeiramente rejeitando a orientação da Palavra de Deus e assim deixando de crescer na graça e no conhecimento do Senhor, não mais meditar na Sua palavra, deixar de
conferir com a Palavra os ensinos que recebe.e buscar fontes alternativas de
águas rotas.
Para tentar exemplificar,
lembrei-me de um filme aparentemente despretensioso que assisti na década de 80
(muitos dos meus alunos sequer haviam nascido). O filme se chama The Wave - A
Onda - , produzido em 1981 e depois feito uma nova versão em 2008 (esta última
não tive oportunidade de ver). Uma versão pode ser encontrada no link abaixo:
O filme é baseado em uma
experiência pedagógica real aplicada por Ron Jones, professor de História da Cubberley High School em Palo Alto,
Califórnia, em 1967, ao ministrar sobre as políticas da Alemanha nazista e suas
consequências. No início das aulas da disciplina, surgiu o seguinte
questionamento: Como o povo alemão deixou isto acontecer ? Como se deixou levar
pelos argumentos dos líderes a ponto de se tornarem coniventes com os atos
praticados pelos nazistas.
Durante a semana
seguinte, o professor começou a mobilizar os alunos do colégio, formando uma
comunidade sob sua liderança, baseado na força, poder e sucesso pela
disciplina. O resultado? Bem, o final do filme tem um desfecho surpreendente
que pode nos esclarecer como ocorre um processo de manipulação e, no
caso do relacionamento com Deus, levar as pessoas à apostasia.
As
Diferenças Entre o Cair e o Apostatar
Uns
encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé. Salmo 20.8
O cair em alguma falta
não deve fazer parte da caminhada natural do cristão. Mas, em sua falibilidade,
pode se lhe ocorrer algum percalço (pisar na bola). A falta de vigilância pelas
práticas devocionais da oração, jejum, meditação na Palavra, momentos de fragilidade
emocional,estresse, hábitos não completamente vencidos, negligência à prática
dos ensinos recebidos, falta de atendimento aos conselhos do pastor, dos pais,
da esposa, dos próprios filhos; enfim, inúmeras causas podem corroborar para a
queda.
Às vezes, sequer
percebemos quando enredamos por tais práticas. Nada, porém, justifica tais
atitudes. Porém o levantar para a retomada da caminhada sempre está disponível
pelo arrependimento. Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no
sangue do Cordeiro. (Apocalipse 7.14; 22.14)
O apostatar por sua vez
ultrapassa os limites do mal praticado por ignorância, negligência ou
descuidado. Torna-se, como o sentido da palavra original sugere, em atitude
deliberada, intencional, opção refletida e tomada não apenas sob a influência
do engano, mas uma escolha consciente de associação a este engano; não se
caracterizando com uma falha pontual, mas uma tomada de posição de rebelião
consciente contra Deus, sua Palavra e também contra quem professa a fé.
O homem caído sente a dor
das feridas do tropeço; o apóstata se satisfaz em promover, incentivar e
aceitar esta queda provocada pelo ensino de doutrinas de demônios.
O caído muitas vezes
chora e geme anelando voltar à restauração da comunhão com Deus (veja o Salmo
51) enquanto que o apóstata quer distância de Deus. Um está desviado por ceder
à determinadas circunstâncias; o outro é desviado por opção.
Quando se está
caminhando, sem se observar o caminho, corremos o risco de tropeçar em pedra.
Quando isto acontece, ficamos feridos, doloridos sujamos as vestes, mas
imediatamente nos levantamos e nos pomos de pé. Isto é o cair.
Os apóstatas por sua vez
deliberadamente, passo a passo se encurvam diante dos ensinos e doutrinas e
falsos mestres que lhes conduzem ao caminho da apostasia em um processo
contínuo e muitas vezes irreversível, tornando-se igual ou pior do que eles.
Aos caídos devemos
demonstrar compaixão, visto que estamos sujeitos ás mesmas paixões, e estender
as mãos; aos apóstatas, conforme a orientação de Judas, “apiedai-vos de alguns,
usando de discernimento; E salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo,
odiando até a túnica manchada da carne.”
Precisamos no entanto condenar suas práticas e guardando-nos a nós mesmos
e ao rebanho de sua influência maligna, e outros até evitar..
"Pois a terra que
embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para
aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é
rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada." Hebreus
6.7 e 8.
"Porque é impossível
que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes
do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para
arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de
Deus, e o expondo ao vitupério". Hebreus 6.4 a 6.
Porém, confirmados pelo
Senhor são os passos do homem em cujo caminho ele se deleita; ainda que caia,
não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão. Salmo 37.23-24.
Ao passo que os apóstatas
que deliberadamente caíram e ficaram prostrados em seus conceitos e valores,
sem dar lugar a palavra de exortação ao arrependimento, crucificam para si
mesmos o filho de Deus, expondo-o à ignomínia, sendo impossível serem renovados
para o arrependimento. Hebreus 6.6.
Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos Lição 2 - Advertências Contra o Adultério Lição 3 - Trabalho e Prosperidade Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade Lição 8 - A Mulher Virtuosa Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo
Comentarista:
José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.
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