O Jornalista José Roberto Guzzo em sua coluna desta semana na revista Veja revelou o interesse de alguns grupos de pessoas em manter as pessoas distantes dos livros. Destacou o quanto a Igreja Católica buscou distanciar os fieis dos livros e consequentemente do conhecimento e do exercício de pensar. E apontou o interesse dos políticos em o povo não formar o senso crítico a partir da geração de ideias advindas da prática da leitura.
O pastor Altair Germano, ministro do evangelho, escritor blogueiro e pedagogo, por sua vez destacou em dissertação a importância de os lideres cultivarem o hábito de ler, a qual se tornou livro, "O Líder Cristão e o Hábito de Leitura", publicado recentemente pela CPAD.
A verdade é que ler faz bem a alma.
Temos observado um crescimento vertiginoso de publicações em nosso país fruto da melhoria do poder aquisitivo da população. Verdade é que muita coisa não traz nenhuma edificação espiritual, mas ao menos serve para observarmos o pensamento contemporâneo e fazermos nosso juízo de valor em relação ao que acontece na sociedade. Chesterton, escritor e filósofo inglês do séc. XIX, cristão, em sua obra Ortodoxia, exaltou que quanto mais tomava conhecimento do pensamento ateísta de seus opositores, mais sentia alegria por ser cristão. Assim marcamos nossa posição.
Sem falar no fortalecimento da literatura evangélica que tem crescido bastante nos últimos anos revelando o pensamento e a formação, embora incipiente, de uma teologia brasileira em meio à proporção considerável de autores estrangeiros editados pelas casas publicadoras.
Ler bons livros faz bem à alma.
Sem falar na leitura regular, sistemática e devocional das Escrituras Sagradas, que traz benefícios incalculáveis para quem nelas medita, absorve e vive suas verdades.
Ler ajuda a pensar e também a formar escritores, Os blogs hoje são uma prova desta realidade. A União de Blogueiros Evangélicos já conta com mais de nove mil associados. E quem se aventura a escrever é porque sem dúvidas gosta de ler.
Nosso referencial maior de leitura é o livro do Senhor, a Bíblia Sagrada (Isaías 34.16). A esta prática somos instados pelo apóstolo Paulo que a persistir em ler, para exortar e ensinar (I Timóteo 4.13), ele que não conseguia ficar muito tempo distante dos livros (pergaminhos - II Timóteo 4.13).
Certa ocasião ganhei um Novo Testamento pequeno dos Gideões, aquela da capa cinza, alguém lembra? Pois bem, passei um bom tempo sem manuseá-lo. Qual não foi minha surpresa quando ao folheá-lo novamente observei um furo na capa. Fui passando as páginas acompanhando o furinho que ia diminuindo até chegar à contracapa onde encontrei a devoradora de livros, uma pequena traça.
Que Deus me desperte o gosto de ler, a ponto de me sacrificar, com o mesmo apetite daquela traça que encontrei no final do livro, a fim de abastecer a minha mente, o coração e a alma. E assim ter condições de também ensinar.
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