Crescendo na graça e no conhecimento

9 de setembro de 2011

USOS E COSTUMES NA CULTURA EVANGÉLICA


A questão dos usos e costumes tem sido tema de discussões sempre presente em convenções. Certo é que paulatinamente alguns estão caindo em desuso e revogados seja oficialmente,  partindo das decisões da liderança, seja espontaneamente pela mudança de comportamento dos fieis.
O sensato neste caso, acredito, ser a manutenção da coerência e do bom senso a fim de se evitar descambar para os extremos do radicalismo fundamentalista ou da liberdade sem limites.
O apóstolo Paulo, em carta sua aos Colossenses (2.20-23), alerta:

“Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo,  tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens?  As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne. “

O segredo neste caso é a firme convicção de se estar morto para o mundo. Os dogmas humanos tomam uma dimensão menor a partir daí.  O viver com Cristo passa a ser mais importante, até mesmo para não se correr o perigo de se invalidar a Palavra de Deus pela tradição humana. Leia Marcos 7.3-13.

Vale lembrar neste caso que a transgressão não seria o ato de tão somente quebrar um dogma mas sim a quebra  do princípio da obediência e submissão às autoridades e e regulamentos estabelecidos pela Igreja local á qual o membro é filiado.

Temos identificado diferenças de usos e costumes no tocante a vestimentas, adereços, linguajar na mesma entre congregações da mesma denominação até no mesmo bairro, fruto de uma cultura deixada pelos antecessores e que os crentes do momento conservam.

A bendita bateria é ou já foi o foco de acaloradas discussões, bem como o retroprojetor, a TV, sandália de dedo, certo refrigerante, as luzes coloridas, o grupo de coreografia, as saias, os cabelos dos homens e das mulheres, a maquiagem, os brincos e colares, as barbas, ...

Mesmo com a evolução da sociedade e de  alguns valores e práticas caírem em desuso, mesmo assim estes ainda permanecem importantes para alguns que assim foram educados, criados e formados e que passam para as gerações atuais e novos convertidos.
Paulo neste aspecto também ressalta o equilíbrio pelo cuidado que se deve ter com outro que crê e pratica a fé de maneira diferente da nossa:

“Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão.  Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo. Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.  Não seja pois censurado o vosso bem;  porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Pois quem nisso serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua.
Não destruas por causa da comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de tropeço pelo comer.  Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece.  A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado. “ Romanos 14.13-23.


A unidade da fé e do amor fraternal entre os irmãos no tocante a este assunto, penso eu, reside na prática  máxima paulina que regula e incita a harmonia do convívio e comunhão em meio às diferenças da cultura religiosa produzida pelo modo de crer, sem extremismos e muito menos pensamentos facciosos, de ambos os lados:

Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Romanos 14.3.

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Lições 4.o Trimestre 2013

Lições 4.o Trimestre 2013
Conselhos para a vida

Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo

Comentarista:

José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.

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