Crescendo na graça e no conhecimento

19 de maio de 2012

LAODICEIA, UMA IGREJA MORNA


Introdução

Laodiceia era uma cidade da província romana da Ásia menor, situada  no vale do Lico, próximo à Éfeso, Colosso e Hireápolis, e hoje se encontram ruínas da antiga cidade na Turquia ocidental.  Foi fundada por Antíoco II que deu à cidade o nome de sua esposa, Laodice. No grego tem o significado de “juízo” ou “costume”.
Com excelente localização geográfica, a cidade servia de via de acesso para três áreas daquela  região. Ainda hoje se veem os vestígios dos aquedutos que transportavam água até a cidade.
Quanto à situação econômica, a cidade era próspera. Reconhecida como um centro financeiro da região, também produzia roupas, lã  e era reconhecida pela sua atuação na área medicinal. Não é à toa que o Senhor Jesus traça um paralelo entre esta condição material e o estado espiritual da igreja.
A igreja em Laodiceia foi possivelmente fundada quando da viagem de Paulo a região de Éfeso, sendo alvo do cuidado de Paulo ao lhe enviar uma carta circular ou mesmo uma carta particular que se perdera. (Colossenses 2.1; 4.16). O zeloso obreiro Epafras, discípulo de Paulo, possivelmente pastoreou aquela Igreja antes do período em que foi escrito a carta de Apocalipse. (Colossenses 4.12,13)

Laodiceia, a Igreja indiferente

  A Igreja de Laodiceia foi repreendida pelo Senhor por ser uma igreja morna, indiferente. Alguns teólogos a tomam como modelo da Igreja nominal dos tempos pós-modernos. Mas a lição apreendida da mensagem de Cristo aos laodicenses serve para todas as épocas. DEUS não suporta esta condição do crente com um pé na igreja e outro no mundo, um pé no mato e outro no caminho. Muitas vezes Israel foi censurado por semelhante pecado. Cometiam abominação e ao mesmo tempo sentiam prazer em ir aos templos, às sinagogas, sacrificar ao Senhor. Eram indiferentes e consideravam-se autossuficientes Leia Isaias 58:2 e 3.  

Somos ricos, de nada temos falta.

Quando confiamos em nossos recursos, na magnificência de nossos templos, nos nossos projetos humanos, no cartão do plano de saúde; nos deputados que elegemos para defender nossos interesses, na nossa estrutura organizacional, nos estrategistas do marketing religioso, assim demonstramos que nos achamos ricos, dispensando por soberba, loucamente, o auxílio e a dependência de DEUS.
Os judeus se jactanciavam com a suntuosidade do templo de Jerusalém. Jesus no entanto os alertou aos seus discípuos que daquelas edificações não ficaria pedra sobre pedra, profecia que se cumpriu no ano 70 quando o general Tito destruiu o templo onde se amotinara os rebeldes zelotes revoltados contra Roma. (Lucas 21.5 e 6; Marcos 13:1 e 2). A soberba precede a queda. (Provébios 16:18; 18:2)
Da mesma forma, à semelhança de Laodiceia, corremos o risco de fazer parte de uma organização social orgulhosa, com um grande rol de membros que celebram, festejam, comem e bebem, mas que tem pouco a oferecer ao Senhor.
Laodiceia na verdade estava escondida atrás de máscaras de conveniências e atitudes estereotipadas, sem provisão de verdade. Mas o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, aquele que conhece o oculto e o escondido, trouxe à tona o real estado de pobreza e enfermidade espiritual daquela Igreja a fim de lhe promover cura e lhe trazer a provisão celestial, que não sara com produtos medicinais nem se compra com prata ou ouro.
As roupas dominicais, o linguajar de um crentês irretocável, as palavras de ordem, nada servirá diante da falta de consistência interior de um propósito de verdadeira adoração ao Senhor. A cegueira espiritual escondia a verdadeira condição de pobreza, nudez, uma condição miserável e desgraçada de. Laodiceia que, diz o Senhor, eu sei as tuas obras.
As riquezas serviam de anestesia para a sua indiferença. Não que ser próspero seja pecado mas sim o problema reside no amor do dinheiro e não o dinheiro em si que Deus nos dá para glorificarmos a Ele quando quando trabalhamos retamente e dele usamos para compartilhar, socorrer, ajudar, contribuir com a obra,  e usufruir sabiamente.  

Uma esperança para a mornidão

Mas ainda há saída, existe solução para Igrejas do perfil de Laodiceia:

Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas. Apocalipse 3.18

Conselho de DEUS é bom e é de graça. Compre ouro provado no fogo. Pois onde está o vosso tesouro aí estará o vosso coração. Lucas 12:34
O Evangelho é como um tesouro escondido em um campo que uma pessoa decide vender tudo que possui a fim de adquiri-lo. Nosso tesouro não é mais os bens e coisas passageiras e efêmeras que os ladrões minam e roubam aqui na terra, mas sim o verdadeiro depósito divino onde a traça não corrói nem podem ser roubadas, reservados nos céus para nós. Mateus 13:44; Mateus 6:19, 20.
Mesmo sem dinheiro e sem preço, compre vinho e leite. Isaías 55:1. Mas como comprar sem dinheiro? Com certeza no supermercado, na farmácia ou no posto de gasolina sem dinheiro ou cartão de crédito o vendedor não me vende o produto desejado.
Mas no reino de DEUS o processo de compra e venda é diferente. A moeda corrente é a necessidade da alma.
“Por que gastar o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do trabalho naquilo que não pode satisfazer?” Questionou o Senhor por intermédio de Isaías. (Isaías 55:2.)  
Ele bem sabe o que se passa conosco, como gastamos os nossos talentos, vigor, recursos que Ele mesmo nos concedeu. Então, o que estou fazendo com os recursos que DEUS me deu para viver e compartilhar com os outros, deixando de ser miseráveis e desgraçados?
Será que acumular riquezas, gastar energia em busca de reconhecimento, título e posições, é agradável e útil ao Senhor? Então, porque gastar nossa vida com aquilo que não pode satisfazer, não pode agradar a DEUS ?
Quem tem sede venha a mim e beba, conclamou Jesus.  Apocalipse 22:17
A alma humana tem sede de DEUS, do DEUS vivo e verdadeiro (Apocalipse 22:17; João 7:37). Existe dentro de si um vazio simplesmente do tamanho de DEUS. Daí porque tantos correm desenfreadamente gastando o fruto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer-lhes a alma. A indústria do entretenimento, da prostituição, a indústria cultural, o consumo das drogas lícitas como as bebidas e o cigarro, e ilícitas como a cocaína e o êxtase, cresce assombrosamente.
Simplesmente porque se tenta preencher um vazio. Que somente DEUS pode saciar.
Uma mulher samaritana teve um encontro junto a um poço. João 04. Jesus lhe pede água. E inicia uma conversa que vai mudar o rumo da história de vida daquela senhora. Jesus afirma que quem bebesse da água daquele posso tornaria a ter sede ao passo que quem beber da água que Ele Jesus lhe der jamais terá sede. Pelo contrário além de ser plenamente satisfeito, ainda geraria em seu interior uma fonte a jorrar para a vida eterna. Ela a princípio mão o compreendeu. Jesus toma outro caminho na conversa. – Chama teu marido! A mulher responde não tenho marido. Jesus agora desvenda os segredos da samaritana. Disseste bem, não tenho marido. Porque já tivesses cinco maridos e agora aquele que tens não é teu marido.
Jesus agora chega ao âmago do conflito interior daquela mulher marcada por uma sede intensa de viver a qual tentou matar com relacionamentos conjugais frustrados, um após o outro. Reconhecendo a mulher Sua condição de profeta, Jesus revela-se como o Messias prometido e tão aguardado pelo povo de Israel e também pelos samaritanos. Cheia de alegria, aquela mulher parte agora para a cidade para falar que encontrou a verdadeira fonte da água da vida que sacia a sede de todo o homem, esquecendo-se do cântaro ao pé da fonte, que agora pouco lhe importa. Aleluia.
Além de água para saciar a sede, é preciso igualmente comprar vestes para cobrir a nudez. Adão e Eva reconheceram sua condição de pecado ao perceberem que estavam nus (Gênesis 3:9-13). O pecado deixa o homem despido diante de DEUS. Os laodicenses estavam tão cegos espiritualmente que não reconheciam tal condição. Foi preciso a mensagem de exortação do Espírito ao anjo da Igreja.
Quando aceitamos a Cristo como Salvador, trocamos de vestimentas. Efésios 4:24. Somos motivados a largar as velhas vestimentas adereçadas da prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. E a nos vestirmos do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; a revestir-mo-nos do Senhor Jesus Cristo, de vestes de salvação e de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. (Leia Efésios 4:22-32)
Quando o profeta Josué esteve diante do Senhor com vestes sujas, o inimigo passou a acusá-lo diante de DEUS (Zacarias 3:1-4). E ainda hoje acusa os santos. Ele também fala alto querendo dizer que não tem mais jeito para nós. DEUS repreendeu o inimigo e orientou o profeta a trocar as vestes e a prestar mais atenção nos seus ensinos. Ainda tem uma saída para aqueles que porventura pecaram sujaram as suas vestes espirituais, tem jeito. A Palavra de DEUS que é fie e verdadeira nos afirma que em Apocalipse 22:14: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. 
A Palavra é bem clara. O verbo se encontra no presente. Bem-aventurado os que lavam as suas vestiduras. Ou seja, a vida cristã é um processo contínuo de purificação e aperfeiçoamento. Nós não somos daqueles que se encurvam e caem, mas, quando porventura tropeçamos, logo levantamos e ficamos de pé (salmo 20:8). Conheço exemplos de pessoas que passaram por processos de disciplina e que retomaram seus ministérios renovados em sua comunhão com DEUS. O cair é do homem, o levantar é de DEUS.
O importante é não nos conformarmos, ou seja, tomarmos a forma do mundo com suas práticas, valores e conceitos. Os laodicenses cegos e nus corriam perigo por que ainda achavam que gozavam da plena comunhão do Seu Senhor. À semelhança de Sansão que não percebera que tinha perdido a fonte de suas forças em cedendo aos encantos da sedução do pecado (Juízes 16).
 Assim como Davi ao ser repreendido pelo profeta Natã quando pecou gravemente e continuou com o senso de juízo, ética e integridade de princípios morais interiores sem se dar conta de que estava debaixo de juízo por conta da insensibilidade à extensão do erro que cometera. (2 Samuel 12:1-13)
Diante deste perigo, precisamos buscar ser transformados pela renovação do nosso entendimento, como aconselhou Paulo aos Romanos, a fim de experimentarmos a boa, perfeita e agradável vontade de DEUS para conosco (Romanos 12.1 e 2). A Igreja de Cristo aponta para a necessidade de arrependimento e conversão e se apresenta como agente de DEUS na restauração os feridos, em admoestando os desordeiros, consolando os de pouco ânimo, sustentando os fracos e pacientes para com todos (I Tessalonicenses 5:14), para que tornem a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, e façam veredas direitas para os pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado. Hebreus 12.12. (grifos nossos.)
Era preciso também voltar a ver as coisas como elas verdadeiramente são. A visão espiritual dos laodicenses estava cega. Na verdade o DEUS deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de DEUS. 2 Coríntios 4:4. Mas o Senhor tem a cura :

Porque DEUS, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de DEUS, na face de Cristo. 2 Coríntios 4:6 

E será através da ação da Igreja que o colírio celestial estará ao alcance daqueles que sentirem a necessidade de tornar a ver porque o Espírito Santo que ungiu ao Senhor Jesus também guia e esta sobre a Igreja para evangelizar os pobres; proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Quando tirarmos com o colírio celestial a trave do nosso olhar, poderemos tirar o argueiro dos demais. Mateus 7:3.
O estado de indiferença pessoal  em relação às necessidades espirituais dos outros dará lugar ao comprometimento com a prática do evangelho genuíno de amor e ação.
Esta foi a convocação do Senhor Jesus a Paulo quando da sua conversão e também é a nossa comissão:

Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para DEUS, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim Atos 26:16-18.

A partir desta atitude Laodiceia poderia agir como Igreja militante e triunfante que mostra sua cara no meio da sociedade corrompida no meio da qual precisava resplandecer como luz do mundo. (Filipenses 2:15; Mateus 5:14). E nós igualmente.

Restaurando a comunhão.

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. Apocalipse 3.20

Muitas vezes usamos esta expressão para convencer os pecadores do apelo Senhor Jesus batendo à porta dos corações, anelante por participar de suas vidas. Totalmente coerente.
No entanto, analisando bem, Jesus estava batendo à porta dos corações de um grupo de pessoas que já confessava o Seu nome, os cristãos de Laodiceia que, de alguma maneira, tinham deixado Jesus do lado de fora do seu viver.
O livro de Cantares de Salomão ilustra esta postura através da cena da noiva, cheia de si com suas desculpas esfarrapadas,  recusando-se a abrir a porta e dar entrada ao esposo que estava a chamar do lado de fora. Este vai embora:

Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite.
Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.
Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura.
Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu. Cantares 5:3-6

O resultado desta posição impensada foi o abandono, o sofrimento, a dor, a perda do amado e dos frutos da comunhão com ele. Senhor, tenha misericórdia de nós!

A comunhão verdadeira com Cristo

Jesus ainda hoje quer entrar em algumas vidas resolutas. E não apenas ficar na sala de estar, como um visitante, não. Jesus quer sentar à nossa mesa. Nós não convidamos qualquer pessoa almoçar em nossa casa no domingo depois da escola dominical. Quando fazemos uma festinha, apesar de desejar convidar muitas pessoas, somente as pessoas mais chegadas são convidadas para compartilhar conosco deste momento.
Se alguém ouvir a Sua voz, e abrir a sua vida para Jesus dela participar, a intimidade com o Senhor é estabelecida.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à Igreja. DEUS ainda fala com o seu povo, ainda se revela para o homem pecador, e ainda busca o que se havia perdido. DEUS fala através da Sua Palavra. Mesmo em meio aos avanços tecnológicos, a predominância da era da informação transmitida pelos mais diferentes e modernos meios de comunicação. Milhões e milhões de palavras ao vento, imagens, postagens, sons, torpedos, e-mails, impressos.
Alguém disse certa vez que uma imagem vale mais do que mil palavras; parafraseando, podemos dizer que a Palavra de DEUS vale muito mais do que milhões de imagens.
A Palavra de DEUS ainda fala para o homem a mesma mensagem de amor de João 3.16 e faz toda a diferença
Jesus quer participar também como nosso amigo dos melhores momentos de nossa vida. E dos piores também. E porque não dizer de todos, visto que Ele, como disse, não quer se tornar apenas um visitante, mas veio habitar em nós pelo Espírito Santo. (Leia  João 14:16 e 17; 2 Timóteo 1:14. Tiago 4:5; 2 Pedro 3:13)
Quem mora com alguém não fica apenas na superficialidade de um relacionamento cordial, simpático do trato de um hóspede. Quem mora conosco entra em todas as dependências da casa, tem acesso a todos os compartimentos. Passa pela sala de estar, entra nos quartos às vezes desarrumados, senta à nossa mesa e come conosco. Interfere em nossas vidas, orienta, sugere, reclama, sorri e também chora conosco. Isto é sinônimo de comunhão.
Cristo quer ter acesso àquele quartinho de despejo onde guardamos tudo que não nos serve, mas que fazemos questão de preservar. Carrinho de mão com pneu furado, bicicleta sem rodas, maleta de ferramentas enferrujadas, bola murcha, pá quebrada, balde furado, ...  pecados.
Jesus quer entrar neste compartimento que alguém faz questão de que ninguém conheça. Sentimentos de amargura, revolta, vingança, rancor, inveja, malícia, concupiscência, arrogância, soberba, maledicência, maus pensamentos, corrupção, ambição, avareza, luxúria, falsidade, intrigas, concorrências, disputas de poder, fofocas, intrigas, enfim, as obras infrutíferas e descartáveis da carne. Gálatas 5:10-21. Jesus quer entrar para fazer uma faxina geral limpando o interior de toda e qualquer tralha que porventura esteja ocupando lugar e poluindo a alma, restaurando a perfeita intimidade com DEUS.
            Quando da decisão divina de destruir Sodoma e Gomorra, DEUS enviou mensageiros até Abraão para comunicar-lhe a decisão. A explicação maior do porque desta atitude do DEUS soberano que não depende do homem para agir, baseia-se nas bases do relacionamento entre o patriarca e DEUS, baseada na comunhão. 

Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Gênesis 18:17

Jesus ao se relacionar com os seus discípulos elevou-os da posição de servos à condição de amigos:

Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. João 15:13-15

Os amigos que desfrutam de perfeita comunhão com DEUS ouvem primeiramente a Sua voz e obedecem-na não por um tão de autoritarismo ou abuso de poder divino, mas porque assim poderiam sentir os efeitos da amizade verdadeira com o Senhor, ponto de entregar a sua própria vida pelos seus amigos.
Amigos convidam amigos para suas festas. Quando do grande banquete das núpcias do Cordeiro, Jesus identifica um amigo que queria entrar sem as devidas vestimentas: E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. . Mateus 22:12
Mesmo àqueles que por algum motivo estão com o coração distante do Senhor, Jesus ainda concede uma última oportunidade de reconciliação para reaver a amizade abalada pelo muro de separação, o pecado, que faz divisão entre o homem de DEUS. Assim ocorreu com Judas Iscariotes, No último ato, na hora em que entregou o mestre Jesus, Judas ouviu um apelo de mudança, quando o Senhor lhe perguntou: - Amigo, a que vieste?  Jesus chamou Judas de amigo. Que atitude de amor! Jesus nunca fala da boca para fora, não age com dissimulação ou falsidade. Não dá abraços de jacaré, não chora lágrimas de crocodilo nem sorri como as hienas. Em Suas palavras sempre a expressão da verdade é revelada. Amigo Judas! Em outras palavras, ainda há chance para ti. Não que Jesus tivesse argumentando uma mudança do quadro da Sua morte iminente da qual já estava consciente. Jesus queria reaver aquela alma perdida que estava preste a se destruir. Amigo Judas, arrepende-te! Mas Judas infelizmente não lhe deu ouvidos perdendo a chance de restaurar a intimidade com Seu Senhor, que morreu também por este, embora já contado como filho da perdição. (João 17:12).
Foi justamente a respeito de sua morte e ressurreição que Jesus falou aos seus discípulos revelando-lhes os segredos que ouviu de Seu Pai e que lhes deu a conhecer.
Amigos compartilham de segredos. Ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos Certa ocasião Jesus se alegrou Espírito Santo e disse: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve”. Mateus 11:25.
Que segredo seria esse que muitos profetas e reis desejaram ver e não o viram; e ouvir e não o ouviram e que estava sendo revelado aos seus amigos? A promessa da redenção para a vida eterna ! (Efésios 3.9; Colossenses 1:26)
E, ao fim da jornada, ou começo de uma nova etapa, participarmos daquele grande banquete, sentados à Sua mesa a celebrarmos as bodas do Cordeiro na condição de noiva, a Igreja vitoriosa que Ele apresentará a si mesmo, como a igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Efésios 5:27), usufruindo assim da intimidade e comunhão com o noivo, Jesus Cristo, estando para sempre com o Senhor.

P.S.: Com a Nova Reforma Ortográfica o acento agudo de Laodiceia caiu, à exemplo de assembleia. Maiores  detalhes veja também o texto do link http://eclesianet.blogspot.com.br/2010/04/percamos-o-acento-jamais-os-fundamentos.html

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Lições 4.o Trimestre 2013

Lições 4.o Trimestre 2013
Conselhos para a vida

Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo

Comentarista:

José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.

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