Alcançada pelo grande amor de Deus expresso através graça salvadora em Cristo (Efésios
2:8), a Igreja de Filadélfia correspondeu a este amor simplesmente amando.
A Igreja em todas as épocas precisa cumprir a ordem do Senhor Jesus e levar porções do
alimento espiritual àqueles que não tem preparado para si. Neemias 8:10. Assim, a motivação maior que move a Igreja a se lançar na busca pelas almas é o amor de Cristo
derramado nos corações, que constrange e motiva. II Coríntios 5.14.
Você
amaria alguém a ponto de entregar a sua vida?
Talvez por um justo alguém ouse morrer! Talvez por um filho, um amigo. E
pelo ímpio, mau, perverso, desregrado? Leia Romanos 5:7.
Jesus foi enviado ao mundo para
pregar as boas novas:
E percorria Jesus todas as cidades
e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando
toda sorte de doenças e enfermidades. Mateus 9.35.
Não pregava todavia por interesse
pessoal.
Hoje alguns cobram “ofertas”, cachês consideráveis
aos pastores das Igrejas locais que se sentem constrangidos ao trazê-los para a
festa de aniversário da Igreja local ou o congresso da mocidade.
A motivação de Cristo era outra, o
amor.
Vendo Jesus as multidões,
compadecia-se delas, “porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não
têm pastor.” Mateus 9.39.
Jesus era movido pela compaixão.
Não um sentimento de piedade. Jesus sentia a dor das pessoas de verdade. A
descrição de muitos dos milagres de Jesus nos evangelhos trazem a expressão movido de íntima compaixão: para com a
multidão, Jesus curou seus enfermos (Mateus 14:14); tocou nos olhos dos cegos e
logo viram (Mateus 20:34); o Senhor moveu-se de íntima compaixão pela viúva que
perdeu o filho, e deu a vida de volta ao menino. Lucas 7:13.15.
Jesus não passava do outro lado da calçada onde estava o cego, o paralítico, o morimbundo, deixando o exemplo de ensino de cuidado através da parábola do samaritano. Lucas 10.30-37.
Jesus era movido por íntima
compaixão. Jesus sentia amor pelas almas. O valor maior que move a cristandade
é o amor. Sem o amor o cristianismo não teria suportado as perseguições, não
existiriam igrejas locais nem a igreja universal e invisível.
Nisto se manifestou o amor de DEUS
em nós, a Igreja de Cristo: em haver DEUS enviado o seu Filho unigênito ao
mundo, para vivermos por meio dele (1 João 4:9). Nossa vida agora está
escondida em DEUS.
Não foi sem razão que Cristo deixou
como mandamento maior amar a DEUS sobre todas as coisas e outro, semelhante a
este, o amar ao próximo como a si mesmo.
A
Igreja é fundada na base do amor de DEUS:
Porque DEUS amou o mundo de tal
maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna. João
3:16.
Este é o texto áureo de toda a
Bíblia. Não é apenas uma frase de efeito ou mesmo um pensamento romântico
desprovido de sentido.
Carrega a expressão de um amor que
não se pode medir em milhares de quilômetros, toneladas ou litros. DEUS amou o
mundo, ou seja, toda a humanidade, e amou de verdade, pra valer. Ele provou o seu amor para conosco em que
Cristo morreu por nós sendo ainda pecadores. Romanos 5:8. Talvez por um justo alguém
ouse morrer. Mas, e quanto aos demais pecadores?
Isto causa até mesmo revolta entre
os que ainda não foram alcançados pela graça salvadora quando censuram aquele
que um dia foi reconhecidamente um transgressor da lei e da ordem social, um
marginal, promíscuo ou enganador. Seja o que for que tenhamos sido ou
praticado, o Senhor pelo seu amor nos transformou em nova criatura e agora as
coisas velhas, o passado terrível, embora ainda algumas marcas e consequências
perdurem, já passaram. Foram lançados no
mar do esquecimento e eis que tudo agora se fez novo, agora novas criaturas
somos, pelo lavar renovador e regenerador do Espírito Santo. Tito 3:5.
A Igreja é o lugar de expressão do
amor de DEUS. Porém este amor corre o risco de ser sufocado pela prática
religiosa formal, dogmática e déspota.
O perigo da religião é a própria
religião. Mata-se em nome da religião. Como não deixar de citar a perseguição aos cristãos protestantes no período da Reforma. Jesus foi crucificado em nome de
uma religião oficial, impiedosa, dominada por lideres obcecados que desprezaram
a justiça e o amor de DEUS (Lucas 11:42); Jesus sabia que os que o rejeitaram
não tinham em si o amor de DEUS (João 5:42). Paradoxalmente, no seio da Igreja
local também acontecem coisas semelhantes que DEUS não duvida.
O lugar onde as pessoas declaram
seu amor e adoração a DEUS às vezes se
torna palco de brigas, contendas e pelejas que em nada demonstram a prática do
mandamento maior.
Muitas destas pelejas deixam marcas
profundas na alma de pessoas sinceras, feridas “em nome de Deus”, como o
exemplo de Marcos no livro da jornalista Marília César (César, 2009, p. 24-32)
Mas a Igreja vitoriosa que tem a
visão dos céus tudo suporta. Na verdade por trás, inspirando estas ações, identificamos o inimigo, satanás, que
continua “em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar.“ I
Pedro 5:8. Quando este acha uma brecha em algum coração e mente desocupada,
lança seus dardos inflamados a fim de promover estragos no seio do corpo de
Cristo. Efésios 6.16.
Quando a natureza humana
pecaminosa, a carne, é alimentada, os agentes do amor de DEUS precisam entrar
em ação para apagar as chamas do mal.
A Igreja vitoriosa identifica os
focos de incêndio e clama pelo derramar das águas refrigeradoras do Espírito
sobre a congregação, voltando tudo ao normal, para glória de DEUS.
E consolida sua vitória quando é reconhecida
no meio da sociedade em que vive; não como uma organização humana rica e
poderosa, mas como agente do amor de DEUS:
“- Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos, disse Jesus, se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:35.
Portanto, “amai-vos cordialmente
uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.”
Romanos 12:10.
Assim, “tendo purificado a nossa
alma pela obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido,
precisamos amar, de coração, uns aos outros ardentemente, porque DEUS é amor”
(1 Pedro 1:22)
Pois se não amamos ao próximo a
quem vemos e com quem convivemos, como poderemos dizer que amamos ao DEUS
invisível? Leia I João 4.20.
Não vale apenas falar “meu
querido”, “amados” e outras expressões verbais carinhosas quando não
materializadas em ações de amor. Pois, “somos feitura dele, criados em Cristo
Jesus para boas obras, as quais DEUS de antemão preparou para que andássemos
nelas.” Efésios 2:10, visto que “a fé sem as obras é morta.” (Tiago 2:20)
A Igreja vitoriosa passa no teste
do amor. Qual? Tomemos os trechos do hino do amor escrito por Paulo na primeira
carta aos Coríntios, capítulo 13.
Primeiro se descarta a prática dos
dons espirituais sem provisão de amor. O falar em línguas, o profetizar, as
operações de maravilhas, os dons de ciência e da fé, sem o amor nada eu seria.
Depois vamos tirar a palavrinha
amor do contexto e vamos tentar colocar o nosso nome. Assim: João é paciente;
Maria é benigna; José não arde em ciúmes; Sandra não se ufana; Pedro não se
ensoberbece; Márcia não se conduz inconvenientemente; Guilherme não procura os
seus interesses; Paulo não se exaspera; Elisabete não se ressente do mal;
Marcos não se alegra com a injustiça; Teresa se regozija com a verdade; eu tudo
sofro, tudo creio, tudo espero, tudo suporto. A Igreja que assim
vive, mesmo com pouca força, no amor permanecerá para sempre, será sempre vitoriosa.
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