E atingem intencionalmente (ou não) os rebanhos alheios.
Vem prá cá, pare de sofrer, aqui o Senhor opera, argumentos ratificados pelos milagres e operações de maravilhas. E o deixar a congregação, coisa rara em anos passados, agora parece a coisa mais natural do mundo para os cristãos telespectadores pós-modernos. Troca–se de igreja como que troca de supermercado. Vale lembrar a recomendação do autor de Hebreus:
"Retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." Hebreus 10.23-25
Certo irmão chegou para o pastor de sua Igreja com ar de ultimato:
- Pastor, quero minha carta de mudança!
- Pois não meu irmão, responde o pastor em tom de querer descobrir os porquês.
- Mas o que lhe levou a pensar nesta possibilidade ?
- Sabe o que é, pastor? Encontrei a Igreja perfeita. Lá Deus opera, os milagres acontecem, sabe pastor, lá as pessoas me receberam bem, os irmãos são cheios de amor. Esta sim é que é uma Igreja perfeita. Estive perdendo meu tempo aqui.
O pastor então pergunta:
- Meu filho, que maravilha, você encontrou a Igreja perfeita ? Os irmãos são perfeitos, um modelo de ministério perfeito ?
- Sim pastor, lá é tudo perfeito.
- Então, ponderou o pastor, não vá para lá não !
- Como é, pastor? Quer dizer que o senhor não vai me liberar? Tá vendo, bem que eu disse para a minha mulher!
- Meu filho, como você mesmo disse, tudo naquela igreja é perfeito, não é mesmo ?
- Sim, pastor !
- Então, respondia o seguinte: você é perfeito?
- Não pastor, claro que não !
- Então, meu filho, não vá para aquela igreja perfeita porque senão você corre o risco de estragá-la.
O irmão cai em si.
- É, pastor, eu vou orar mais para saber se é da vontade de Deus.
- Está bem, meu irmão, enquanto isso permaneça na vocação em que foi chamado,
À exemplo do mercado de consumo, as facilidades deste mundo moderno centrados no atendimento às necessidades do homem procuram fazer dos servos de Deus clientes que precisam ter suas necessidades do aqui e agora satisfeitas. Assim algumas Igrejas estão deixando de doutrinar e de apontar o caminho estreito para o céu ensinando a vida regalada e aparentemente sem fim aqui na terra, tratando ovelhas como clientes que precisam ser mimados, com o devido retorno pelas contribuições, claro; tornando-os as pessoas mais miseráveis da terra. Pensando no aqui e agora enquanto se deixa de lado o meditar e viver as coisas do alto. São os tempos trabalhosos, com homens amantes de si mesmos, espíritos enganadores dos ministros-pescadores de pesque-pague, aquário ou mesmo mar aberto, usando técnicas predadoras que, se possível fora, enganariam até os fiéis.
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