Caio
Fábio d’Araújo Filho, pastor presbiteriano, um dos pregadores brasileiros
que mais influenciou sua geração, formador de opinião entre cristãos
evangélicos entre as décadas de 80 a 90.
Na
sua autobiografia Confissões do Pastor, o Pr. Caio Fábio testemunha da sua
história de vida e de apego a vida, enfrentando as crises de infância,
juventude, sua conversão, seu chamado e as crises da prática ministerial a serviço da obra
do Senhor, em meio a divergências popiticas e eclesiásticas que lhe trouxeram alegrias e dores. (Fábio, 1999.) Razões do conhecimento
público o levaram a se afastar do centro
do cenário evangélico nacional e internacional.
Mas
suas mensagens e seus escritos ficaram registrados em benefício da edificação
do corpo de Cristo.
Em
uma de suas obras procura responder a uma questão crucial da vida humana: o que
fazer em tempos de crise?
No livro Resposta à Calamidade, editado primeiramente pela CPAD (Fábio, 1989), procura apresentar respostas
para o problema e sugere que tipo de homens temos de ser para enfrentarmos
tempos de crises: “ Um homem que tenha mais do que um mediano otimismo. Pede-se
dele um esforço que ultrapasse muitas vezes aquilo que a nossa humanidade
produz.”
No
primeiro capítulo, com base no texto de II Reis 7.1-15 que relata a saga de
quatro leprosos quando do cerco de Samaria pelo exército dos siros,
contextualiza o cenário da época. Um tempo de “miséria, desemprego, elevação do
custo de vida, dramas familiares em decorrência disso, desmotivação da
liderança,” enfim, tempos de crise, de calamidade.
E
pergunta: “Quais são os seres humanos capacitados a viver neste tempo de
crise?” E descreve as respostas que encontrou no texto bíblico:
1.
Os heróis destes
tempos de crise devem ser pessoas que sabem o que é padecer; que aceita ser
discriminada; que sabe viver sem status; que sabe conviver com a solidão,
enfim, conclui que temos que ter na alma e no coração a força do desapego.
2.
Para viver em tempos de crise é preciso sermos
pessoas que entendem que a ação é a única maneira digna de enfrentar a morte,
ação de amor a vida, de luta contra o mal e de servir; Proclama que a derrota
sem lutas é uma das maiores indignidades.
3.
Ser pessoas que
entendem que a vida só tende a melhorar e esclarece que só quem já morreu para
vida pode vivê-la com otimismo;
4.
E, por fim,
pessoas que entendem que o tempo de Deus muitas das vezes não é no melhor tempo
humano. Mas é o tempo em que o Senhor manifesta a sua ação simultânea, agindo
em peleja por aqueles que nele confiam.
Assim,
depois do agir de Deus em nosso benefício em meio às crises, ensina que devemos
tomar uma atitude de tomar posse das oportunidades que Deus nos dá para depois
compartilhar com os outros das bênçãos recebidas da parte de Deus, com
responsabilidade, generosidade e bom ânimo.
Concluindo
com a nota da contra-capa:
“As
variedades [de sofrimentos] que podem acometer em termos de dor uma infinidade
de pessoas que cruzam conosco são inúmeras. Mas a receita de Deus é a mesma: -
Levante-se com fé e andarei á sua frente. Só assim daremos uma resposta à
calamidade.
Referências Bibiográficas:
FÁBIO, Caio. Resposta á calamidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: CPAD,
1989.
FÁBIO, Caio. Confissões do pastor. Rio de Janeiro: Record, 1997.
Nenhum comentário:
Postar um comentário