Crescendo na graça e no conhecimento

31 de março de 2010

Vocacionado ao Ministério do Ensino

A VOCAÇÃO AO ENSINO BÍBLICO

Conceito etimológico: Professor vem do latim professore, aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte ou uma disciplina.

Conceito atual - ENSINANTE: nome dado ao profissional que, em situação de rotina escolar, estabelece uma relação de aprendizado com os envolvidos. É o facilitador, mediador e por vezes, provocador da construção do conhecimento. Constrói coletivamente as normas de bem viver para que essa construção de novos saberes, realmente se dê de forma significativa.

Conceito teológico: Mestre, Doutor, aquele que ensina as verdades de Deus.

Características necessárias:

No contexto teológico, o ensino faz parte do rol dos dons ministeriais distribuído por Deus dentre os vocacionados em ministrar á Igreja com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para edificação do corpo de Cristo (I Co 12.28; Efésios 4.11).Os pastores, invariavelmente, precisam ser aptos para ensinar (I Tim. 3.2; II Tim 2.24).

Estes, seguindo o exemplo de Cristo, são formadores de discípulos multiplicadores, (II Tim 2.2), Como exemplo maior, podemos considerar os professores da EBD, mulheres e homens dados por Deus para instruir outros quanto às verdades da palavra de Deus em forma de ensinos e doutrinas em defesa da fé.

Vale lembrar mais uma vez: mestres, doutores, professores da EBD, são dados por Deus. Os talentos naturais contribuem para o enriquecimento do desenvolvimento da tarefa corroborando com o exercício do dom, jamais o substitui. O profeta Jeremias no contexto do vocacionamento pode ser usado como modelo fiel de mestre para a EBD.

Antes de tudo, o profeta das lágrimas tinha uma chamada específica para ministração da palavra (Jer. 1.4); não se vê em Jeremias, a exemplo de outros profetas, a manifestação extática ou operações de milagres; embora a revelação a Jeremias se observa através das visões, a expressão da mensagem se dá principalmente através Palavra (“Palavra do Senhor que veio a Jeremias”). Aliado às mensagens ministradas, o verbo se tornava vida na vida do profeta que, através das ações simbólicas, ensinava com autoridade porque praticava o que ensinava.

O apóstolo Paulo por sua vez exortava aos outros que praticassem o que ele ensinava atentando antes para o que fazia e assim ensinava. Ensino pelo exemplo: O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco (Filipenses 4.9). Até porque os mestres serão objeto de um rigor mais severo quando do juízo. (Ler Tiago 1.22; 3.1)

Este mesmo Paulo exortou o jovem pastor Timóteo a persistir em ler, exortar e ensinar. A máxima "abre a boca e eu a encherei" não pode ser tida como regra geral para o professor da EBD. Mesmo com o dom da Palavra e vocacionado pelo Senhor para este ministério, é preciso ler, meditar pesquisar, estudar, de maneira sistemática, persistente, para assim ensinar. (I Tim 4.13)

A isto chama Paulo de dedicação, esmero ao ensino (Rom 12.7) Este esmero pode ser expresso na prática através do estudo da lição, com antecedência, buscando fontes de conhecimento além do espaço naturalmente limitado da lição, a fim de se ter uma visão ampla do assunto a ser comentado, mantendo a coerência de jamais fugir do contexto da lição.

Este esmero também se expressa quanto à fidelidade do ensino que deve ser essencialmente bíblico. A Escola não é apenas Escola Dominical. A Escola é Bíblica. È dominical apenas quando na dimensão do tempo. Poderia ser quinzenal mensal, diária. O fundamental é que seja bíblica e, assim, torna-se relevante.

Um reflexo da dedicação também se observa quando da avaliação, pelo professor e/ou superintendentes, do perfil de sua classe para que se possa garantir a eficácia do ensino, bem como se evita alguns dissabores. Com mesmo cuidado que Paulo tinha como rebanho, expresso na orientação a Timóteo: Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos moços como a irmãos; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (I Tim. 5.1-3). Assim ocorre a empatia do mestre com o aluno, movido pelo amor em Cristo, e o consequente anelo pelo cuidado com a ovelha do Senhor, levando a instruir com fidelidade, dedicação, paciência, sabedoria e perseverança.

Por fim, o professor tem como recompensa encontrar o discípulo praticando o que aprendeu e ensinando a outros, dando frutso, multiplicando saberes. Assim, até a volta de Cristo, aprendentes/ensinantes seguem de mãos dadas, crescendo na graça e no conhecimento de Cristo (II Pe. 3.18) alcançando a estatura de varão perfeito (Efésios 4.13).

30 de março de 2010

O desvocacionado

Nove horas e quarenta minutos.
Adentra ofegante ao templo, camisa suada, o nosso amado mestre da EBD.
Chega atrasado, de novo (desta vez estava procurando a bendita lição, coisa do inimigo!.)
Perde o devocional, corre direto para a sala de aula.
Lá, encontra a turma já meio impaciente, alguns conversando em pequenos grupos.
Saúda a todos com a paz do Senhor.
Recita o título da lição, texto áureo e a verdade prática, o que os alunos acabaram de fazer coletivamente, antes de ele chegar, claro!
- Muito bem, que tema interessante este de hoje?!
Inicia o monólogo lendo o texto da leitura diária da segunda, da terça, quarta, quinta, sexta (ufa!); os alunos por sua vez já estão loucos que chegue o próximo domingo, quando vai ministrar o professor substituto.
Sem fitar ninguém nos olhos, continua a “aula” lendo a introdução da lição. Lembra de contar, mais uma vez, (os alunos já perderam a conta), aquele testemunho do livramento que Deus lhe deu há mais de uma década. Tudo serve como hiperlink para rememorar aquele episódio que garante meia horinha de aula sem se preocupar com a relevância do conteúdo do texto a ser ministrado.
Alguém, mais corajoso ou mais "rebelde", dispara: - Professor, vamos voltar ao assunto! Sem cerimônia, o empolgado depoente agora volta à leitura do texto de modo corrente, parecendo mais noticiário da Voz do Brasil.
Outro aluno mais ligado, argumenta: - Professor, o que o comentarista quer dizer aqui na lição quando afirma ... O precavido professor corta a pergunta e sai logo com a pérola: - Querido, as dúvidas a gente tira ao final, OK ?
Uma aluna, daquelas que rabisca, sublinha, anota ao redor do texto da lição todinha, carrega dicionário, encicoplédia bíblica, sem dó e piedade, fuzila: - irmão, (já não usa mais a deferência de professor), qual a diferença entre expiação, redenção, justificação e salvação ?
A turma para em suspense como torcedor antes da batida do pênalti.
O dublê de professor refuta: - este assunto não faz parte do contexto da lição, minha filha.
Assunto encerrado.
Parece que agora desligou de vez o botão on/off da relação aprendente/ensinante; já não mais resta tempo para nada. O jeito é pedir a Deus que sobre um tempinho para que o pastor possa fazer o resumo da lição, se os eternos avisos permitirem, para se comer algumas migalhas que caem da mesa do Senhor. Porque o padeiro de hoje desperdiçou a massa da fornada da bela manhã de escola bíblica dominical. Que tinha tudo para ser cheia da graça mas que terminou tão sem graça.
Mas domingo tem mais, se Deus quiser, quem sabe uma classe única, com o conteúdo do trimestre para tirar o atrasado.
Então, fica na paz, domingo tem mais !

O Livro de Jeremias

A fonte do conteúdo do livro pertence ao próprio profeta, muito embora, como na maioria dos livros proféticos, não se pode dar como certo a autoria como de uma única pessoa (Sicre, 1996). Assim podem se passar vários anos entre a proclamação da mensagem e a redação da mesma, conforme o relato de Jeremias 36.1-4.

As mensagens proféticas transmitidas por Jeremias ao longo de seu ministério em sua grande parte foram escritas por Habacuque, escriba, que atuava como uma espécie de secretário do profeta e porta-voz que proclamava as profecias de Jeremias ao povo.
Uma primeira parte da mensagem profética foi escrita (cerca de 605 ou 604.aC.) e destruída no fogo pelo Rei Joaquim, ao rejeitar o seu conteúdo (ver Jeremias 36.21-23). Assim, uma nova versão foi redigida, sendo depois acrescentadas outras mensagens (Jer. 36.32)

Segundo Ellis (2001), os biblistas acreditam que a maior parte desta segunda parte esteja contida nos capítulos 1 a 20 e no capítulo 25, cujos versículos de 1 a 14 “parecem ser a conclusão da do primeiro manuscrito de 604 que fora destruído. Este autor aponta o restante do livro (capítulos 26 a 52), como material biográfico de jeremias, sendo o último capítulo extraído de 2 Reis 25.

Vale salientar quer a tradição considera Jeremias o autor dos livros de Reis, muito embora outros autores declarem serem estes livros de autor desconhecido.

O mais intrigante no livro de Jeremias é a sua forma de compilação cuja ordem dos capítulos não representa a ordem cronológica dos acontecimentos. Qual seria a explicação? Ellis, considera que “os livros proféticos tinham diante de si diversas coleções de material” que tratavam de diferentes assuntos como os temas das suas pregações, narrativas pessoais e os acontecimentos dos últimos dias de Judá antes do cativeiro, e que foram agrupados conforme os temas abordados.
Shultz (200), considera “difícil arranjar, com absoluta certeza, o conteúdo desse livro, formando um esquema cronológico”.

Assim, conforme as ordens cronológicas levantadas na Bíblia Anotada e o teólogo Sicre, levantou-se a sequencia do livro de Jeremias na seguinte ordem dos fatos, muito embora com diversas lacunas, principalmente no período de 627 a 609 a.C.:

Ano (a.C.) Evento Trecho do livro

627/626 -------- Chamada de Jeremias (cap 1.4-10)
627/609 -------- Pregação a Israel (3.6-13)
609 -------- Oráculo sobre Joacaz (22.10 a 12)
609-598 -------- Reinado de Jeoaquim como vassalo no Egito Jer 22.13-17)
609/608 -------- Discurso do Templo (7.1-15; cap 26)
605 -------- Oráculo contra o Egito – Batalha de Carquemis 46.2-12)
-------- Discurso sobre a conversão
-------- Redação e leitura do volume (cap. 36)
-------- Palavras a Baruque (cap. 45)
601 -------- Jeoaquim faz aliança com o Egito 22.13-19)
598 -------- Palavras sobre Jeconias (22.24-30)
-------- As duas cestas de figos (cap. 24)
-------- Carta aos exilados (cap. 29)
-------- Oráculo contra Elam ( cap. 49.34-39)
594/593 -------- Palavras contra a rebelião (cap. 27 e 28)
-------- Maldição da Babilônia (51.59-64)
587/586 -------- Durante o cerco (21.1-10; 34; 37-39)
586 -------- Depois da queda de Jerusalém (cap. 39 e 40).


Fonte:

ELLIS, Peter. Comentário Bíblico II, Profetas Posteriores Escritos Livros Deuterocanônicos. São Paulo: Edições Loyola, 3.a edição, 2001. disponível em http://books.google.com/books?id=YURapaxe4_gC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s#v=onepage&q=&f=false

SICRE, José Luis. Profetismo em Israel. São Paulo: Vozes, (1996)

SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento. Sao Paulo: Edições Vida Nova, (2000)

Vocação Ministerial

Vocação, vem do latim vocare, ato de chamar ou invocar, intimação. A vocação eclesiástica parte primeiramente da vontade soberana de Deus que chama, separa e comissiona, conforme o chamado do próprio Jeremias:

"Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta." Jer. 1.4-5.

Convocação de Deus

A princípio, atônito, Jeremias tenta argumentar, imagine, com o próprio Deus, tentando fugir do chamado. Semelhante a Jonas, porém com diferença de postura: Jonas ouviu o chamado: levanta-te, no sentido original, dispõe-te! Mas não deu ouvidos, fugiu! Tinha ele suas razões. Mas, o arrazoar do homem não muda a condição da necessidade do atendimento ao chamado, muito embora seja passível de ser ignorado. Não gosto muito desta expressão, mas a verdade é que paga-se o preço. Resistir ao chamado, nada mais doloroso é na vida do vocacionado; sofrer por atender ao chamado é melhor do que sofrer por não atendê-lo.

O lado de Deus diz: E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.I Co 12.28. Vocação invariavelmente acompanhada dos devidos dons ministeriais.

O lado do homem diz: - Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim! (Isaías 6.8) Ou obstinadamente diz: não, não vou, não posso, não passo de uma criança (Jeremias 1.6), não sei falar, sou pesado de língua (Êxodo 4.10); sou o menor na casa de meu pai(Juízes 6.15).

Existe também o lado do anelo do homem, cada vez mais raros, em exercer o ministério: Quem deseja o episcopado, excelente obra deseja (I Timóteo 3.1), incentivou Paulo! Mas nem todos podem receber esta palavra.
O filho do pastor necessariamente não deve e nem pode ser cobrado a acompanhar os passos do pai. Muito menos ser “ungido” pelo “paistor” simplesmente para se manter na hierarquia eclesiástica, muito embora também podem ser alvo da convocação divina.

As riquezas por sua vez podem até comprar título e cargos, amizades, facilidades ministeriais, posições na estrutura de governo humana da organização, mas não conquistam a posição que vem da chamada e da unção de Deus. E muitos podem ter seus ministérios retardados, esquecidos ou não descobertos simplesmente porque não se usou do costume da igreja de orar antes de separa alguém para a obra do ministério.

Saudades das manhãs, tardes missionárias, vigílias despretensiosas que incendiavam corações com o fogo vivo da chama do Espírito igualmente a iluminar de forma clara os caminhos do homem a fim de atentar ao desejo de Deus em sua intimação do amor que nos constrange, nos motiva, nos deixa sem saída.

Vale lembrar que todos nós cristãos somos vocacionados. Não fostes vós que escolhestes a mim, mas eu que escolhi a vós (João 15.16), disse Jesus.

Mas, então, qual o sentido da chamada? Chamados fomos para sofrer, para alcançar degraus na hierarquia da igreja, para receber o título pomposo, para sair rumo afora sem destino, sem pousada? Os vocacionados são vocacionados, a exemplo de Jeremias, “para arrancar, e para derrubar, e para destruir, e para arruinar; e também para edificares e para plantares” (Jeremias 1.5).

Somos chamados para ir ao mundo e dar frutos(João 15.16); para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pedro 2.9); para anunciar o ano aceitável do Senhor (Lucas 4.19); para pregar o evangelho, as boas novas (Atos 13.32); para desconstruir estruturas psicológicas, emocionais montadas em valores passageiros e ativar o processo de reconstrução, removendo os entulhos do pecado, e construindo uma nova casa edificada sobre a rocha, que não cede aos ventos, mas serve de abrigo para ministrar as palavras de esperança de Jesus Cristo aos desconsolados, os desesperançados, os cansados, e assim cumprindo e dando sentido ao chamado de Deus.

27 de março de 2010

Jeremias - Introdução

Alguns termos bíblicos definem o ofício de profeta. Primeiramente podemos citar a expressão “homem de Deus”, que quer dizer “mais intimamente ligado a Deus do que os outros homens”. Tinha uma característica especial de operar milagres.

Também tem o sentido de vidente ou visionário (ro’eh e hozeh). Conforme Davidson, “a "visão" do profeta resulta exclusivamente dum dom sobrenatural, independente da vontade do mesmo profeta, pois o objeto dessa visão é revelado por Deus.”

O termo mais usual para designar o profeta (nabî’) é citado cerca de 315 vezes no AT e tem origem no verbo nb’, embora com sentidos bem distintos como “profetizar”, atuar, ficar frenático, dançar ritualmente.

Este último termo designa a pessoa escolhida por Deus como porta-voz da Sua mensagem aos homens quanto a realizada do presente e uma visão para o futuro.

Os verdadeiros Profetas são mensageiros de Deus que andam na contramão da história, normalmente para apontar os erros (e acertos) do presente, as conseqüências no futuro e a esperança pelo retorno ao caminho planejado por Deus.

O profeta chora quando todos sorriem; e sorri ao vislumbrar a saída quando todos consideram que não há mais saída.

Andar na contramão é desafiar os poderosos do sistema político-religioso fora do prpósito divino e confrontar a verdade de Deus às suas práticas nada louváveis. Assim, reis, sacerdotes e profetas da situação se alinham induzindo o povo a pecar e estimulando a continuação no erro, o que lhes garante status, poder, conforto, riqueza e domínio.

Assim, o povo continua sua vidinha mais ou menos, sacrificando nos altos e nos montes, e ainda tendo prazer em mencionar o nome do Senhor e de se achar povo Seu.


Jeremias foi um destes profetas autênticos. Não falava mal por deboche, arrogância ou pirraça; falava porque não queria falar; profetizava quando não gostaria de profetizar. Quando jovem, disse não para Deus, que não recebe não como resposta. Jeremias não teve escolha. Certa ocasião escutei um pregador que disse que Deus lhe deu duas opções: ser um pregador ou um grande empresário. Adivinha qual foi a sua escolha?

Jeremias não teve opções. Era pregar ou pregar. Antes do ventre da mãe fora escolhido, separado, comissionado. Não adiantaria estrebuchar; foi logo avisado de que não deveria casar. Prmanecer solteiro era o caminho mais seguro para manter a sua chamada em dia. O celibato como opção oferecida por Cristo para uns poucos vocacionados, e que o apóstolo Paulo defendeu como sua opção e vocação pessoal, foi requisito obrigatório na vida do profeta solitário, homem de lágrimas, de mensagens duras, remédios amargos e desesperança esperançosa ou esperança desesperançada.

Como um tipo de Cristo, sofredor, profeta que prenunciou a queda do templo de Jerusalém, o juízo final e a celebração de uma nova aliança.

22 de março de 2010

Jeremias

Jeremias chora ...
Não tem outra alternativa
Sentindo a chama viva da indignação.
Lamentos de dor
Por contemplar o templo
Sem mais tempo de se firmar ao chão.

Jeremias reluta
Não quer ser profeta
Que alerta contra o pecado;
Enfrenta amigos
Que, inimigos, logo se lhe tornam
E que ornam em dores o peito dilacerado.

Clama:
- Não adianta,
Só resta a rendição !
Mas, não! Só encontra resistência.
Líderes, povo, sacerdotes,
Que se acham fortes em sua renitência.

Paz, paz,
Quando não há paz.
Assim profetizam os profetas oficiais.
Corre atrás de alianças, o rei obstinado;
Mas... coitado! Babilônia já vem
Não poupa ninguém das cadeias letais.

Não resta mais forças,
Nem mesmo esperanças!
Mortas, as crianças, mães inconformadas;
Templo derribado,
Queimado no fogo do juízo
Que serve, ao siso, de almas quebrantadas.

Mas em meio à dor
Do exílio e da escravidão
Nasce a esperança
Da nova aliança com Jeová.
Que fará tornar do cativeiro
O seu povo amado.
Que geme de dor,
Mas cujo amor do campo brotará
Campo do profeta, regado de lágrimas
Se tornando em flor.


João Ribeiro

16 de março de 2010

Blogueiros assembleianos lançam campanha pela unidade no Centenário da AD no Brasil


"O fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz." Tiago 3.18


Em tempo mais que oportuno, grupo de blogueiros lança campanha pela unidade no Centenário de nossa Igreja, a Assembleia de Deus, no Brasil. Reproduzimos abaixo postagem do blog do pastor Geremias do Couto:

Um grupo de blogueiros assembleianos aderiu à campanha pela unidade nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus. O pastor Carlos Roberto, em recente encontro com o responsável por coordenar tais atividades, mencionou o tema e algumas semanas depois o pastor Geremias do Couto o trouxe para o blog com a postagem: Centenário da AD no Brasil: de que lado você está? Logo o irmão Luís, do blog evangelização, sugeriu que se criasse um selo para fomentar a ideia, que foi imediatamente encampada por outros colegas.
Alguns dias depois o irmão Elian Soares, do blog Evangelismo e Louvor, preparou o primeiro rascunho, o qual, depois de receber diversas sugestões, entre as quais a do companheiro Robson Silva, resultou no selo que acabamos de publicar em nossos blogs como uma das ferramentas para alavancar a campanha em favor de uma comemoração unida de todos os assembleianos, no ano do Centenário, incluindo CGADB, CONAMAD e a igreja-mãe, em Belém, PA.
O selo teve como idéia tornar a logomarca oficial do Centenário um quebra-cabeça, onde cada peça representa um ministério, visto que a nossa igreja forma esse grande mosaico com diferentes ministérios e convenções. As quatro mãos que montam o quebra-cabeça significam que a unidade em torno das comemorações do Centenário depende da boa vontade dos líderes e respectivos ministérios e convenções. Nosso papel é fomentar e ajudar essas mãos a montar o quebra-cabeça. Cremos que com a ajuda de Deus poderemos chegar lá. Mas no mínimo fizemos a nossa parte.
Trata-se de uma campanha sem partidarismos, sem donos e espontânea, que pretende estar acima de qualquer facciosismo, visando um verdadeiro congraçamento que contribua para celebrar a unidade, e para o seu fortalecimento, evitando que ela fique mais esgarçada em razão de comemorações que se prenunciam divididas, e que, desta forma, não representam os verdadeiros anseios do povo assembleiano.
Estes são os blogs que lançam, simultaneamente, a campanha na blogosfera cristã e, sobretudo, assembleiana:
A Supremacia das Escrituras, Marcello Oliveira.
A serviço do Rei Jesus, Ev. Jairo Elin.
Alerta final, Gesiel Costa.
Blog da Adélia Brunelli.
Blog do pastor Robson Aguiar.
Blog do pastor Newton Carpinteiro.
Blog do Marcelo Vieira
Blog da UMADEMA
Blog do pastor Eliel Gaby.
Blog do pastor Guedes.
Blog do Ivan Tadeu.
Blog do Pr. Flávio Constantino.
Blog do Pr. José Paulo Porte
Blog do Pr. Levi Agnaldo
Cristianismo Radical, Juber Donizete.
Cristo é a Vida, Pb. Uilton Camilo
Dispensação da Graça Pr Andre Costa
Esboçando a Palavra
E agora, como viveremos?, Valmir Milhomem.
Encontro com a Bíblia, Matias Borba.
Geração Que Lamba, Victor Leonardo Barbosa.
Ide e Anunciai
Manhã com a Bíblia, Geremias do Couto.
Ministério São Paulo, Pr. Brunelli
O pregador, Pb. Juari Barbosa.
O Balido, Judson Canto
Palavra de Mulher, Sarah Virgínia
Philadelfia – Evangelismo e Louvor, Elian Soares.
Plenitude da Graça
Point Rhema, Carlos Roberto Silva.
Profetizando a Palavra, Pb. Uilson Camilo.
Prossigo para o Alvo, Robson de Souza.
Reflexões sobre quase tudo, Daladier Lima.
Teologia Pentecostal, Gutierres Siqueira.
Victória Antenada, Victória Virgínia

Se você deseja ver o povo assembleiano unido nas comemorações do Centenário, una-se conosco. Se você deseja ver as filhas em todo o Brasil ao lado da igreja-mãe comemorando a chegada dos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg há 100 anos na cidade de Belém, PA, trazidos pelo Espírito Santo para espalhar o fogo do movimento pentecostal no país, divulgue esta mensagem para outros blogueiros e coloque no seu blog o selo que ora lhe sugerimos.
Seja um fomentador da unidade nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus. Deus pode usar este movimento para aparar arestas, fazer cair por terra vaidades pessoais e cessar toda polarização que hoje tem sido motivo de muita tensão e discórdia entre as nossas lideranças.

NOTA: Nosso blog também se soma a esta abençoada iniciativa e que esta semente possa se tornar uma árvore de justiça em promoção da paz.

13 de março de 2010

Apoio Didático - Lição da EBD - 2.o Trimestre 2010



A lição do próximo trimestre aborda o ministério do profeta Jeremias.
Sugerimos como recurso didático a ser utilizado como meio de situar os alunos no cenário da época, a apresentação do filme Jeremias.
Os filmes proporcionam esforços amplos de reflexão, apresentando como vantagem a ludicidade que empresta ao trabalho do professor, pois apresenta uma característica própria: a imagem em movimento, a qual vai transpor a relação espaço tempo e ajudar a compreensão do todo a ser ministrado no trimestre e colaborar como introdução à lição.

Ficha Técnica:

Título Original: Jeremias
País de Origem: Itália / Alemanha / EUA
Gênero: Épico
Tempo de Duração: 01:35:34
Ano de Lançamento: 1998

Lição do 2.o Trimestre 2010 - Jeremias, Esperança em Tempos de Crise


Lições Bíblicas EBD - Jovens e Adultos - CPAD

No 2º trimestre de 2010, a lição da escola Bíblica Dominical editada pela CPAD abordará o tema Jeremias, esperança em tempos de criseComentarista: Pastor Claudionor de Andrade

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- Jeremias, o profeta da esperança
2- Os perigos do desvio espiritual
3- Anunciando ousadamente a Palavra de Deus
4- Chorando aos pés do Senhor
5- O poder da intercessão
6- A soberania e a autoridade de Deus
7- O cuidado com as ovelhas
8- O poder da verdadeira profecia
9- Esperando contra a esperança
10- O valor da esperança
11- O dilema de um jovem
12- A opção pelo povo de Deus
13- Esperança na lamentação

Fonte:http://www.cpad.com.br/

2 de março de 2010

Sinais dos Tempos

Vimos nos últimos dias as nottícias de terremotos no Haiti e no Chile, com a morte de milhares de pessoas. Estes são sinais dos tempos que antecedem a Vinda de Jesus.

http://eclesianet.blogspot.com/2009/10/sinais-dos-tempos.html

Lições 4.o Trimestre 2013

Lições 4.o Trimestre 2013
Conselhos para a vida

Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 2 - Advertências Contra o Adultério
Lição 3 - Trabalho e Prosperidade
Lição 4 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade
Lição 8 - A Mulher Virtuosa
Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo

Comentarista:

José Gonçalves - Pastor, Professor de Teologia, Escritor e Vice-presidente da Comissão deApologética da CGADB; Comentarista das revistas de Escola Dominical da CPAD.

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